S A B I N A
Eu não sei como cheguei aqui, na minha casa, em minha cama mas apenas sinto a dor colossal em minha cabeça. Com muita dificuldade me dirijo até o banheiro, vendo pelo espelho o estado deplorável no qual me encontro.
Lavo meu rosto lentamente vendo flashbacks surgirem em minha mente. Eu acho que nunca bebi tanto em minha vida. A noite passada foi divertida apesar dos problemas encontrados.
Me questiono onde está o americano, se ontem ele deitou comigo, por que ele não está lá? Vou até a cozinha e me deparo com um bilhete em cima do balcão.
"Oi amor, desculpa sair sem me despedir mas é que o idiota do Josh me ligou falando que iríamos ensaiar uma música nova. Não te acordei porque você estava muito fofa dormindo. Te amo"
Sorrio ao ler sua carta e começo minha rotina matinal.
- "Bom dia" - Joalin diz enquanto boceja - "Que dor de cabeça do caralho"
- "Por que será né?"
Ela abre a geladeira em busca de algo para comer.
[...]
Olho o relógio e vejo que já são quase quatro da tarde, o tédio se apossou do meu corpo e eu estou literalmente apenas rolando a timeline do twitter repetidas vezes.
Noah até então não deu nenhum sinal de vida, então decido ir até o estúdio onde ele se encontra para encontrar o americano.
Tiro o pijama e coloco uma roupa confortável, pego meu celular e dinheiro e chamo um uber para me levar até o local.
Rapidamente chego lá e me apresento na portaria, como o senhor Smith já me conhece, ele me deixa entrar direto. Pego o elevador até chegar ao andar correto.
Paro na porta analisando o garoto de costas mexendo no celular. Dou uma batidinha na porta vendo Urrea se virar e dar um sorriso ao me ver parada.
- "Amor? O que faz aqui?" - pergunta se aproximando de mim
- "Senti sua falta, não posso?" - caminho até ele e enlaço meus braços em seu pescoço
- "Deve" - diz rindo levemente e unindo nossos lábios - "Era tudo o que eu precisava depois de um longo dia de trabalho" - da um beijo em minha testa
- "Como anda a música?"
- "Bem, nós demos duro e acho que terminamos" - o beijo levemente mas logo o interrompo
- "Nós?" - uma expressão confusa brota em meu rosto
- "Licença, não queria atrapalhar" - uma garota de cabelos castanhos bem claros
- "Não tá atrapalhando" - Jacob diz e nós nos separamos, mas o americano segue com a mão em minha cintura - "Sabi essa é a Isabella, Isabella essa é a Sabina"
- "A namorada dele" - falo rapidamente
- "Prazer em conhecê-la Sabina" - consigo sentir a falsidade que ela emana, de longe
- "O prazer é todo meu, Isabella" - entro em seu jogo
- "Então amor, o que acha de saírmos para jantar?" - Noah pergunta voltando sua atenção a mim enquanto eu tentava decifrar o que se passava pelos olhos da garota
- "Acho uma ótima ideia mí cielo" - ele assente com um sorriso
- "Vou pegar minhas coisas e já volto" - me dá um selinho rápido e sai
- "Então Sabina, faz quanto tempo que você e Noah estão namorando?" - ela pergunto andando pela sala
- "Quase um mês, por que?" - ando em direção a ela
- "Nada não, só curiosidade. Vocês formam um casal tão fofo" - não acreditei nem um pouco - "Você tem sorte, ele é um gato, é talentoso, gentil, e com todo respeito, deve ser ótimo na cama"
- "Realmente, mas pode acreditar" - me aproximo dela - "Ele tem tanta sorte quanto eu" - ela dá uma risada sem graça
- "Com certeza" - ela engole seco enquanto eu a fuzilo com os olhos
- "Vida?" - Noah me chama e eu viro para ele com um sorriso inocente no rosto - "Vamos?" - ele diz, a chave do carro e o celular já estavam em sua mão
- "Claro, baby" - digo e me viro para a garota - "Tchau Isabella, foi ótimo te conhecer"
- "Igualmente" - diz nervosa e eu vou até Urrea que passa um dos seus braços por volta do meu ombro
- "Tchau Bella" - diz e saímos do local
- "Isso tudo foi ciúmes Hidalgo?" - ele diz beijando meu pescoço enquanto o elevador desse
- "Talvez, mas não se ache tanto, ouviu popstar?" - ele dá um risadinha - "Vem, o elevador parou" - puxo ele para fora do prédio
Resolvemos ir ao cinema, nem preciso comentar que ficamos quinze minutos discutindo entre assistir um filme de comédia romântica e um de terror, certo?
- "Meu amor, eu tenho medo" - digo manhosa
- "Relaxa, eu te protejo" - vejo que não tenho escapatória - "Ta bom" - bufo
Compramos nossos ingressos e as guloseimas, e fomos até a sala de cinema.
Nota mental: matar o Noah por me fazer assistir um filme de terror.
A cada susto que o filme me dava, mais eu me apertava contra o americano.
- "Ai finalmente essa merda acabou" - digo me levantando enquanto os créditos passavam pelo telão
- "Nem foi tão ruim" - ele diz rindo de mim
- "Foi horrível" - digo dramaticamente - "Eu acho que você vai ter que dormir lá em casa porque eu to com medo" - digo maliciosamente
- "E eu sei exatamente como te acalmar" - ele diz deslizando suas mãos pela minhas costas até chegar em minha bunda onde ele aperta
- "Noah" - digo entredentes
- "Relaxa, gatinha" - ele pisca para mim, puta que pariu como eu amo esse cara
[...]
Com um último gemido, o mais alto, eu me desfaço sobre ele. E logo vejo ele chegando eu seu ápice também.
Sexo com o Noah é sempre uma maravilha, e parece que cada vez fica melhor.
- "Considere-se distraída" - rimos
- "Ai como eu te amo" - digo fazendo carinho em seu rosto
- "Eu também te amo" - damos um beijo lento e terno
Após isso me deito com a cabeça em seu peito e com a minha perna entrelaçada em seu quadril. Sinto suas mãos irem até a minha coxa e fazerem um carinho nela.
- "Boa noite Sabi" - ele diz suavemente antes de eu ser tomada pelo sono
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unrequited love | urridalgo
Fiction générale.+ | onde sabina foi arrastada para um show de uma banda que não gostava, mal imaginaria ela que o vocalista se interessaria na mesma