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Fazia dez minutos que eu estava rindo de "Mulher Achafone"

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Fazia dez minutos que eu estava rindo de "Mulher Achafone". Ou o irmão de Lilly era engraçado ou eu estava extremamente cansada. Ou os dois. Passamos alguns minutos inventando nomes novos para a minha super heroína que devolvia celulares perdidos, o que me ajudou a relaxar bastante. Eu não sabia quem ele era ou quantos anos tinha, mas era legal conversar durante o meu intervalo no Chikas Lokas. Eu até tinha perdido o sono...

Hope de repente apareceu do lado de fora do restaurante, onde eu andava de um lado para o outro pensando em um novo nome para minha heroína. Ela se aproximou, abraçando o corpo por conta o vento frio daquele noite.

— Que nome você daria para uma super heroína que acha o telefone...

— Perdido das pessoas - terminou ela - você já me perguntou e eu disse "Capitã Celulari". Não consigo pensar em mais nada para alegrar seu namoradinho.

— Ele não é meu namoradinho - retruquei, um pouco chocada com a suposição - é um estranho!

— Um estranho que tá te prendendo no telefone a noite toda... - argumentou ela - eu não tô reclamando. Acho ótimo sua mente estar fora daqui. Acredita que o Sr. William vomitou no banheiro feminino? - Fiz uma cara de nojo. - Exato. Que bom que sua mente tá longe daqui - disse ela, olhando para o telefone - posso ver? 

Estendi o telefone para Hope, deixando que ela lesse minhas últimas mensagem e pegasse no celular super caro. Senti o vento frio finalmente bater em meus braços, observando enquanto Hope mexia os dedos rapidamente.

— O que você ta fazendo?

— Vendo as fotos... - confessou Hope, sem tirar os olhos do telefone.

— Não! - gritei, tomando o celular da mão dela - tá maluca? É falta de ética.

— Falta de ética meu cu! - Hope tentou tomar o telefone da minha mão, esticando o corpo enquanto eu me curvava para que ela não pudesse pegar. Stan bateu a porta do restaurante, aparecendo revoltado do lado de fora - eu te conto como são as fotos! - disse ela, conseguindo pegar o celular - você não precisa ver.

— Que merda é essa!? - perguntou Stan, com raiva - se querem se pegar, façam isso lá dentro, onde os clientes podem ver - disse ele.

— Você é um nojento! - reclamou Hope, caminhando para dentro do restaurante com o celular.

Stan bufou, passando a mão na careca brilhante dele.

— O que você tá esperando, mala? Vai lá pra dentro! As mesas não vão se servir sozinhas.

Caminhei para o lado de dentro e encontrei Hope conversando com Delilah, a garota ruiva que tinha começado na semana anterior. As duas olhavam para o meu celular resgatado.

— Hey! - protestei, pegando o celular de Hope enquanto ela conversava com Delilah - era nosso segredo!

— Calma, ela não tem fotos no celular - contou Hope, cruzando os braços - parece que a menina tem alguma coisa a esconder, já que a galeria de fotos dela tá vazia. Já tentou dar um Google no nome dela?

A Vida é Dura Para Quem é Molly (Livro I) [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora