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O irmão de Lilly me enviou uma última mensagem avisando que ela encontraria comigo na sexta de manhã para pegar o telefone

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O irmão de Lilly me enviou uma última mensagem avisando que ela encontraria comigo na sexta de manhã para pegar o telefone. Eu e ela nos encontraríamos no Café onde eu havia achado o celular, e nosso encontro seria às 7:30 da manhã, meia hora antes da primeira aula do dia. Eu não tinha dormido - obviamente - porque havia acabado de chegar do Chikas Lokas, mas pedi para que Amber encontrasse comigo no Café para me ajudar caso Lilly não fosse quem eu pensava que era. E se Lilly fosse, na verdade, um stalker que fingia perder o celular para atrair garotas do primeiro ano a se envolverem com ele? E se o irmão de Lilly fosse, na verdade, o dono do celular perdido e estivesse me envolvendo em conversas para me enganar? Eu estava cansada de mais para me defender sozinha, então convidei Amber para ser minha guarda costas.

Bom, tenho que admitir que nenhum desses pensamentos loucos foi meu, mas sim de Hope, que insistia que não era prudente me encontrar com uma estranha sem a presença de um conhecido. Hope tinha uma filhinha, então, como boa mãe, sempre pensava em cenários onde minha segurança estava em perigo.

Eu e Amber chegamos antes do horário, escolhendo nossa mesa favorita enquanto esperávamos por Lilly. Amber concordou em sentar na mesa de trás e ficar atenta caso Lilly fosse um homem com "energia pesada" (palavras da própria Amber). Ela estava usando um boné preto escrito "cuidado, babaca" e óculos escuros para colocar medo no "homem com energia pesada". No entanto, os cabelos loiros e curtos faziam uma curva adorável na altura do queixo e os óculos escuros deixavam o rosto dela bem redondo e inocente. Amber não conseguia colocar medo nem em um bebê.

Quando o relógio marcou 7:30 da manhã, Amber pulou para a mesa de trás e me deixou sozinha esperando por Lilly. Fiquei olhando pela janela para tentar descobrir qual das garotas animadas que entrava no Café era a dona do celular perdido. Eu não queria encontrar um predador que havia me enganado, mas sim uma garota legal que ficasse feliz por pegar o telefone dela de volta. Toda vez que algum cara entrava no Café, eu torcia para que ele passasse direto por mim.

Vi quando uma garota de cabelos longos e marrons entrou no Café de forma confiante enquanto parecia procurar alguém. Se aquela fosse Lilly, eu não tinha o que temer.

- Molly? - perguntou a garota, me vendo sozinha na mesa.

- Lilly? - questionei, me levantando para cumprimentá-la.

- Minha heroína! - exclamou, sorrindo para mim e me abraçando - nossa, você realmente salvou minha vida! Meu irmão queria comer meu fígado com ketchup e maionese por eu ter perdido mais um celular! - contou, enquanto me apertava. Assim que Lilly me soltou, estiquei para ela o celular que estava em cima da mesa. Ela segurou-o com as duas mãos e deu um beijo na tela, mostrando que o batom cereja era bem caro por não ter deixado nenhuma marca. Foi então que percebi o quão bem arrumada Lilly estava. A maquiagem era impecável para aquela hora da manhã e o colar fino e brilhante chamava tanta atenção quanto o sorriso simpático dela - posso te pagar um café? - perguntou, colocando o celular no bolso da calça social justa.

A Vida é Dura Para Quem é Molly (Livro I) [DEGUSTAÇÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora