Hogwarts: Uma nova história

Uma nova vida

Mas um dia tedioso em meu quarto....

Devo me apresentar?... Bem, me chamo Thais... Um nome comum não é? Moro em um país lindo e maravilhoso chamado Brasil! (Sim, isso foi sarcasmo), vou fazer 14 anos em breve, mas o fato de fazer aniversário em pouco tempo não me anima nem um pouco, é triste saber que os dois adultos que moram com você (vulgo pais) não se importam nem um pouco se sua filha única esta viva ou morta, eles passam o dia todo fora de casa trabalhando ou fazendo sei lá o que.

A princípio diziam que esse tempo que eles passavam fora de casa era apenas para ganhar dinheiro e me sustentar, pagar minha futura faculdade de quando eu completar meus 18 e blá blá blá, mas com o tempo eles ficaram meio cegos com isso e parece agora que isso não é apenas vontade de sustentar a casa, é como se... Se... Se eles não conseguissem pensar em outra coisa além do dinheiro, aparentemente isso importa mais que sua propia filha afinal eles não sabem quase nada sobre mim, minha cor favorita, meu estilo, minhas gírias, meu gosto pra música e pra filmes... Nada!

Apenas sabem que sou uma filha adolescente que passa o dia todo trancada em seu quarto "porque quer", e não porque sou proibida de sair, e mesmo se eu pudesse sair... Eu não iria! Do que adianta sair se não tenho nem amigos? Sair na rua e correr o risco de encontrar algumas daquelas malditas pessoas que estudam comigo, aqueles agressores? "Ah sim, impedir minha filha de ver um filme que eu considero demoníaco é mais importante do que saber se ela sofre bullying na escola"- deve ser isso que eles pensam!! Afinal na semana passada eu tinha pedido ajuda referente a essas agressões e eles apenas alegaram estar ocupados, eu vim para meu quarto ver um filme de Harry Potter (uma saga que eu amo e me faz bem), minha mãe abriu a porta do quarto e viu o filme, me deixou de castigo e me proibiu de ver aqueles filmes pois era coisa do diabo... Pais... (Por sorte aquela era a terceira vez que eu estava vendo cálice de fogo então já conheço tudo); mas o pior não foi isso. depois que minha mãe me viu vendo aquele filme ela anda meio "paranóica", vive me vigiando e perguntando o que estou fazendo.

-filha! Vamos sair, tranque a casa -gritou minha mãe já saindo de casa- e nada de ficar vendo aqueles filmes diabólicos! Vai estudar!!! -advertiu ela.

-claro, um filme sobre um garoto órfão poderia me fazer sucumbir ao mau certo? -Thais resmungou para si mesma enquanto procurava algo em sua mochila escolar- veja Snape como um exemplo, ele tinha uma unica amiga mas a perdeu depois de uma briga, eu também tinha um único amigo... E também o perdi... Fala sério! -reclamou ela- Ô Lorde das trevas!! Voldemort! Já pode aparecer, eu aceito a marca negra também! -ela falou olhando para o teto como se esperasse que algo aparecesse ali. Ela finalmente achou o que procurava em sua mochila.

Alguns dias atrás ela estava na biblioteca se escondendo de suas agressoras quando viu um livro que lhe chamou a atenção "Harry Potter e o enigma do príncipe" era o primeiro livro de Hp que ela teria, nunca pode comprar um pois seus pais OBVIAMENTE não permitiriam, ela pegou o livro e escondeu em sua mochila torcendo para que seus pais e nem ninguém encontrasse. Aquele seria seu primeiro contato com um livro.

A tarde passou, a noite chegou e ela já estava quase terminado o livro e exatamente na parte do livro em que Snape fala "Avada Kedavra" para Dumbledore as luzes da casa inteira se apagou! 

-AAAH!! -ela gritou se assustando- o que foi isso? O que aconteceu? -ela se levantou de sua cama e foi até a janela de seu quarto verificar- hm, não foi só aqui mas a rua toda esta escura... estranho apenas minha rua... -ela não conseguia ver absolutamente nada, nem a própria ponta do nariz- Ah que droga! Logo na hora que o Snape mata o Dumbledore?! Jura vida? Isso foi alguma maldição da minha mãe ou algo assim?

Thais treme ao ouvir um ruído baixo vindo do corredor, parecia alguem tropeçando, ela sem rumo correu até sua cama pegou o celular e acendeu a lanterna (Lumos) apontando ela para a porta, Coragem não era seu forte, afinal ela era lufana não grifinória, mas nesse exato momento uma coragem vinda de sei lá onde invadiu seu corpo a fazendo andar em direção a porta para abri-la e ver de onde vinha o barulho, com a mão na maçaneta um frio lhe percorreu o corpo lhe dando calafrios.