Nem tudo é o que parece

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"Eu posso segurar a minha respiração.

Posso morder a minha língua,

Eu posso ficar acordada por dias,

Se é isso que você quer,

Eu sou ser sua número um..."


INO YAMANAKA


Primeiro eu senti aquele chakra poderoso e depois a imagem de Sakura ferida e ensanguentada nos braços do marido. Anos de trabalho não me preparam para aquela situação, eu fiquei desesperada, mas consegui manter a aparência profissional, precisava ajudar minha amiga, sua vida dependia da minha reação, literalmente!

Corremos para a sala de cirurgia, Shizune e eu tentamos de tudo, porém nossos esforços pareciam ser em vão, nada era o suficiente para deter aquele veneno tão poderoso.

— Ino! – Shizune me encarou, seu rosto estava suado e pálido, e eu sabia que meu estado não devia ser diferente meus cabelos grudavam em minha nuca – Não vamos conseguir, o veneno é muito forte, precisamos da Tsunade.

— Mas ela não esta na aldeia – disse aflita – Sakura não tem todo esse tempo.

— Podemos retardar a atuação do veneno, assim ganharemos tempo, mas a única que pode fazer a extração e ainda manter Sakura viva é a Tsunade.

Respirei fundo. Engolindo o medo de perder minha amiga e disse aos enfermeiros na sala.

— Continuem, vou falar com Sasuke e os outros.



.

.

.



O tempo passava e não tínhamos sinal de Tsunade e dos outros. Entreguei meu turno com o coração aflito, porém sabia que a qualquer complicação Shizune mandaria me chamar. Cheguei em casa ao amanhecer, tudo estava calmo e silencioso o que indicava que meu filho ainda estava dormindo. Aproveitei para organizar algumas coisas e descongelar o peixe para o almoço.

— Saiu que horas do hospital? – a voz de Sai me assustou, ele era sempre tão silencioso.

— Às 4:45

Não precisei me virar para saber que ele conferia o relógio e calculava o tempo que levei até chegar em casa, ele sempre fazia isso.

— Sakura está gravemente ferida, talvez eu seja chamada durante o dia...

— Você cumpriu seu plantão e agora tem que cuidar do seu filho. Nem que alguém morra, sua obrigação é com sua casa agora.

— Mas Sai, ela é minha melhor amiga e...

— Poderia ser o Hokage, aqui em casa você não é ninja médica, você é minha esposa e mãe do meu filho – ele puxou meu braço e me fez virar em sua direção – Ouviu bem?

Respirei fundo, engolindo novamente aquele turbilhão de emoções.


"Eu posso forçar um sorriso,

Eu posso forçar uma risada,

Eu posso dançar e atuar,

Por um triz - Segunda TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora