▪︎ 7: Pouca Pausa: Parte 2

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Sérgio Guizé.

— É melhor você levantar daí, então. — Sussurrei de volta em seu ouvido, minha mão deslizando calmamente em seu ombro.

Naquele mesmo instante, Paolla se levantou e lançou um olhar tão profundo em meus olhos que a sensação de necessidade — mais os hormônios que gritavam — podia ser passada para mim.
Ela se agarrou ao meu braço e em passos apressados fomos pagar a conta, nem me importei muito com a facada que havia sido. Em minha mente havia um outro objetivo, este que eu iria atingir com muito prazer.
Andamos rápido até o meu carro, onde nos apressamos em colocar os cintos de segurança e eu logo liguei o automóvel.
Agora viria a segunda parte da surpresa que talvez ela viesse gostar, talvez.

Íamos para um hotel mega renomado da cidade. Decidi irmos para um hotel porque um motel poderia ser menos convidativo para Paolla e eu queria que ela se sentisse uma deusa diante todos os tratamentos que eu poderia dar.
O caminho todo foi muito cheio de tensão sexual, eu podia sentir seus olhos arderem em meu rosto e sua inquietação acabava passando para mim.
Mas depois de alguns bons minutos no trânsito limpo da cidade, logo estaríamos no meu local.
O único momento em que me esforcei para ter calma foi o que eu precisava estacionar direitinho na vaga. O carro mal havia parado e Paolla estava saindo, indo para o outro lado do veículo e me puxando para fora.
Me colocou contra a lataria e esmagou seus lábios nos meus num beijo para lá de selvagem. Ambas as minhas mãos foram para a sua bunda e apertaram, enquanto eu retribuía deixando todo o pecado da luxúria entrar em mim.
Suas mãos foram para a minha nuca e puxavam os cabelos ralos ali, línguas dançavam. Nossa química ficava cada vez mais iminente.
Nos afastamos e eu abri os olhos lentamente, minhas pupilas estavam tão dilatadas que podiam ser confundidas com a escuridão do céu naquela noite, meus demônios interiores davam as caras.

Paolla olhou para mim com um sorriso dissimulado, mordiscando meu lábio inferior. Ela estava tão cega pelos hormônios e pelo momento quanto eu.
Se ela tivesse feito qualquer outra coisa, iria ter que esperar mais um tempo no carro até que o que eu tinha entre as pernas "relaxasse" de novo.
Minhas mãos deslizaram para a sua cintura e a puxaram para mim novamente, nossos corpos colando.
Beijei seu rosto e afastei meus lábios por toda a extensão da bochecha, até que eu encontrasse seu ouvido.

— Se eu esperar mais um segundo aqui fora para te ter inteirinha... Talvez eu tenha que voltar para o carro com você. — O tom foi mais de provocação do que de aviso. Ela se pressionou mais contra o meu corpo — Prefiro fazer isso num lugar melhor.

Paolla se afastou de mim e entrelaçamos nossos dedos ao segurarmos nossas mãos. Em passos rápidos de quem tinha algo melhor para fazer, somente confirmei minhas reservas num dos melhores quartos, mostrei comprovantes e peguei as chaves. Num adianto melhor, preferimos pegar o elevador. Por ironia do destino, ficamos sozinhos lá.
Uma vez que o elevador fechou as portas, foi minha vez de deixar ela contra a parede.
Ela soltou um suspiro baixinho ao sentir sua pele quente no metal gelado. Apenas abaixei meu rosto para encaixar em seu pescoço e deixei muitos beijos e chupões, enquanto uma das minhas mãos se infiltrava em sua blusa, apertando um dos seus seios sem muita cerimônia, meu polegar acariciava a pele que estava fora do sutiã fino de seda.
Suas mãos puxavam meus cabelos, ela soltava alguns murmúrios, até que o sinal de elevador tocou. E não era nosso andar.
Saí daquela situação tão rápido quanto um raio, o rosto de Paolla tomando uma coloração avermelhada pela vergonha, mas eu, por outro lado, só olhava para ela com ainda mais desejo.

Quando chegamos no nosso andar, saímos correndo de mãos dadas mais uma vez, enquanto eu ia necessitado em direção ao nosso quarto. O adianto é que era necessário apenas um cartão, o qual eu passei na porta e logo foi destrancada. Abri a porta com firmeza e esperei ela entrar, fechei a porta atrás de mim e fomos entrando no quarto.
Paolla só deixou suas coisas em qualquer canto e foi em direção à mim. Sedenta, transformada e enlouquecida.
Suas mãos passaram em meus ombros para derrubarem a jaqueta que eu usava, depois tirei minha camisa com pressa. Enquanto eu fazia isso, ela tirou a própria. Tiramos nossas calças ao mesmo tempo. Depois sapatos e... Finalmente estávamos seminus, ao menos.
Paolla me puxou pelo pulso e me deixou contra a parede, seu olhar faiscou no meu e um sorriso maldoso brilhante surgiu em seus lábios avermelhados pelo batom. Ela se aproximou e me deu um selinho.
Depois, se ajoelhou, deixando a língua no final da minha linha "V" e subindo com ela por toda a extensão do meu abdômen, clavícula, pescoço e meus próprios lábios novamente.
Tivemos outro beijo selvagem, e eu estava cada vez mais entregue pela feitiçaria que Paolla havia jogado em mim. A feitiçaria do amor, certamente.
Fiquei ainda mais perdido na luxúria quando suas mãos deslizaram pelo meu corpo e pararam dentro da minha cueca, alisando o que tinha ali, massageando. Os meus gemidos graves eram afogados pelo beijo animal.
Quando ela se afastou, me olhando como se eu fosse sua presa e ela uma leoa faminta, eu já estava completamente afetado.

— Porra, você me enlouquece, Paolla. — Falei entre os dentes, olhando seu corpo perfeito por inteiro, meus olhos a comiam completamente e ela pareceu entender o recado.

Ela se deitou na cama, apoiou-se com os cotovelos e fez um sinal com o dedo para me chamar. Fui na mesma hora, dentre suas pernas me posicionei, cuidadosamente por cima dela. Dei um breve selar em seus lábios, nos olhamos nos olhos por alguns segundos e então, me abaixei para tirar sua calcinha, lentamente. Minhas unhas arranhavam suas coxas e a lateral de suas pernas, minha cabeça sempre erguida, no intuito de sempre ter a melhor visão. Abri suas pernas e deixei um beijo na parte interior de cada uma das suas coxas robustas.
Fui arrastando meus lábios por toda a extensão da coxa direita dela, deixei um pequeno beijo em sua virilha e aí sim, comecei da forma que eu planejava.

Ver Paolla se contorcendo e me chamando pelo nome não poderia ser mais prazeroso, suas mãos voavam para os meus cabelos e agarravam, às vezes ela deitava e relaxava. Ergui os olhos por um instante e vi seu peito subir e descer numa frequência ofegante só dela, entregue para mim e somente para mim.
Mas, não queria que fosse tudo tão rápido, ou seria uma viagem perdida.
Antes que ela pudesse chegar em seu ponto, me afastei e fiquei de pé, secando minha boca com as costas da mão, lançando-a o olhar feroz que ela dizia se enlouquecer.
Tirei minha cueca rapidamente e logo avancei de volta para a cama, vendo ela já mais "controlada".
Peguei-a pela cintura e a virei, deixando-a de quatro na cama e de costas para mim, é óbvio.
Me inclinei sobre ela, deixei meus lábios no alto de suas costas e fui descendo eles até a região do cóccix, onde deixei um grande chupão — uma marca minha, exclusiva, pensei — e então, me ajoelhei no colchão.
Coloquei uma das minhas mãos em sua cintura e a outra pegou seus cabelos como se fosse um rabo de cavalo, me introduzi nela lentamente, Paolla se estremeceu completamente e soltou um gemido manhoso.
Uma vez que ela estava acostumada, comecei os movimentos de vai e vem lentamente e fui aumentado gradativamente à medida que ela gostava do que estava acontecendo e procurava mais. Quando eu não ia, ela que se empurrava contra mim.
As posições foram trocando, nós parecíamos não cansar. As poucas pausas eram apenas para respirar e, de vez em quando, beber água.
Apesar disso, quando paramos de vez todos os nossos rounds, estávamos completamente satisfeitos e nossa saudade um do outro havia sido muito bem saciada.

Já amanhecia quando estávamos debaixo do chuveiro, abraçados, curtindo apenas as nossas próprias presenças. Beijei sua nuca molhada, enquanto meu polegar brincava na pele de sua barriga lisa. Encaixei minha cabeça em seu pescoço. Seus braços estavam sobre os meus e suas mãos acariciavam meus dedos calmamente.

— Se toda vez que você for embora por uns dias e voltar for assim... Você vai me deixar mal acostumada, Sérgio. — Ela disse, deitando sua cabeça para que eu pudesse ter mais espaço.

— Não me importo de acostumar você mal. — Eu disse contra a sua pele.

Ela deu uma risadinha, se virando para mim. A luz alaranjada do sol tomou o banheiro e deu a esperança de um dia seguinte muito, mas muito, quente.
Paolla se virou para mim e meus olhos não se conteram, acabei dando uma olhada completa em toda aquela escultura diante de mim. Não com a maldade ou a necessidade de antes, mas com a riqueza de detalhes. Ela era de um todo magnífica. Até mesmo suas imperfeições eram perfeitas, eu tinha uma Afrodite na minha frente. Que cara sortudo que eu era, meu pai!
Ela suspirou incrédula, espalmando suas mãos em meu peitoral ao perceber que eu sorria como um idiota ao olhá-la com tanto zelo.

— De novo? — Ela perguntou, rindo novamente. Talvez ela estivesse muito cansada.

— Não, meu bem. É que você é muito linda mesmo, difícil acreditar que eu virei a noite com a mulher mais bonita, carismática e sexy de toda Cidade Maravilhosa... Difícil não olhar com tanta beleza. — Eu disse, meus olhos nos dela com o brilho que somente a paixão ardente poderia dar.

Ela sorriu de forma linda e me abraçou, me trazendo para debaixo do chuveiro. Ficamos ali por um bom tempo.
Me senti no céu, um completo paraíso. Eu era um adolescente apaixonado.

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