O Traidor

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  Estava sentado em uma cama, encarando as grades laisers da cela, abaixo a cabeça por um instante, então a ergo olhando para o alto, e abrindo os braços grito:

POR QUE EU TÔ PRESO DE NOVO?!

ALGUMAS HORAS ANTES

  Chegamos ao meu alojamento, a porta deslizou para o lado e entramos,  assim Kalyra viu a minha "maravilhosa mansão", uma sala de poucos metros quadrados, chão cinza claro, paredes e teto brancos, com uma porta a parede esquerda, uma janela exagonal de vidros alaranjados na parede ao fundo, uma cama logo abaixo da janela, um armário digital na parede a direita, uma mesa branca com algumas cadeiras pretas ao centro e uma escrivaninha também branca ao lado do armário.

– Bem vinda a minha casa! – falei com um sorriso um tanto forçado.

– Que lugar pequeno... – falou Kalyra – não sei como não é atacado pela claustrofobia.

– Então por que não compra um lugar melhor para mim? He He – pergunto com um meio sorriso.

– Se parar de me "dar patada" eu compro – falou Kalyra sorrindo.

  Me curvei levemente para frente, deixando meu braço direito dobrado próximo a cintura, e o esquerdo dobrado atrás das costas, me enclinei e falei:

– Seu desejo é uma ordem, óh imperatriz Kalyra, maior autoridade do governo e do povo de Téro...

– Mudou a atitude rapidinho, né seu vendido? – falou Kalyra com os olhos entreabertos.

  Levantei meu rosto, que olhava para o chão, para a olhar nos olhos, então dei um sorriso forçado.

– Vamos parar de palhaçada? Temos que conversar – falou Kalyra com um tom sério.

– Sim... Sente se a mesa – falei me erguendo e andando até a mesa ao centro do alojamento.

  Nós sentamos a mesa, e eu comecei o assunto:

– Então... Me explica melhor, POR QUE VOCÊ ME PRENDEU?! – gritei enfurecido.

– Porque eu achei que você era o traidor – falou Kalyra, em um tom calmo.

– Mas que traidor? De onde você tirou isso? – perguntei com uma sobrancelha arqueada.

  Kalyra bufou e começou a explicar:

– Aaaaf... Lembra quando você entrou na ventilação e eu fiquei esperando nos corredores? – perguntou Kalyra.

– Siiiiiiim....? – falei em tom desentendido.

– Então, quando você estava lá, eu vi duas mulheres, almirantes, passando pelos corredores – falou Kalyra.

– Sim... Lembro delas, tivemos que ter cuidado com elas, para não sermos vistos – falei.

– Sim, mas algo me diz que elas não eram de Téro – falou Kalyra – ouvi a conversa entre elas, uma perguntou a outra se a infiltração no exército deu certo, e a outra respondeu que sim, que já haviam substituído um soldado, e que é próximo da imperatriz.

– Aaah entendi, você supôs que esse era eu, e por isso estava tão estranha comigo dês de que saímos para Pan Pólis.

– Exato – falou Kalyra – mas agora... Temos que descobrir que é o verdadeiro infiltrado.

– Verdade... Além disso, será que as verdadeiras generais ainda estão vivas? – questionei.

– Tomara – falou Kalyra – elas podem ser umas chatas, mas são como minha família.

SOLDADO DE TÉROOnde histórias criam vida. Descubra agora