Kelley O'hara

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O que leva uma pessoa a se submeter a alguém?

Deixar que o outro controle cada atividade de sua vida desde o horário que vai acordar até as refeições que iria fazer, bem como as roupas que teria que usar...

Se comprometer a somente obedecer e ter consciência de que será punida caso fizesse o contrário.

A que ponto uma pessoa deve ir para realizar um fetiche?

Quando saber que estava indo longe demais e quando ainda valia a pena insistir?

Ariel se perguntava exatamente isso quando chegou no endereço que havia lhe sido passado juntamente com a lista que mais parecia um livro de tão grande. Tinha tido uma semana para "estudar" cada cláusula das regras do contrato propostas para que continuasse com aquela loucura de dormir com uma jogadora de futebol e hoje era o dia da resposta.

Durante aquela semana passou todas as noites lendo as palavras escritas pela advogada da tal jogadora e enviadas por e-mail com o anexo do "contrato" que tinha imprimido como instruído e trago com ela neste momento.

A parte consciente da jovem queria correr dali o mais rápido possível, mas seu desejo a movia para cada vez mais próximo da entrada do apartamento e quando ouviu o som da campainha que ela mesma tocou os pelos de sua nuca se arrepiaram.

Com vinte e dois anos e depois de sair da casa dos pais para cursar jornalismo na capital, Ariel sentia que poderia estar fazendo a maior besteira da sua vida naquele exato momento e mesmo assim não conseguia evitar de desejar ir até o fim para ver no que dava.

Teve que segurar a respiração ao ver que a própria Kelley O'hara havia aberto a porta e a olhou de cima a baixo a analisando por completo, fazendo com que se sentisse completamente nua e exposta ali.

Eram exatamente seis e onze da manhã e aquela mulher já conseguia lhe afetar de tal maneira que só de vê-la já sentia os bicos dos seios começarem a ficarem rígidos implorando por ser tocada por aquela mulher.

Ariel ajeitou o casaco na tentativa de esconder aquilo antes que pudesse ser notado, sentindo o rosto esquentar pela vergonha de ter aquele furacão de sentimentos só de olhar para mulher em sua frente.

_Atrasada.- foi a primeira palavra que saiu da boca de Kelley que cruzou os braços evidenciando as unhas pintadas de vermelho vibrante, aquela poderia ser a cor favorita da mulher já que não era difícil encontrar a mesma com algum acessório ou peça de roupa nesse tom, mas Ariel não tinha certeza sobre isso ou qualquer outra coisa na vida da olhando pra aquela mulher agora.- Pensei ter sido clara ao marcar com você as seis em ponto.

_Onze minutos não vão fazer tanta diferença, certo? - tentou amenizar a situação recebendo um olhar severo em resposta, a fazendo se arrepender quase que instantaneamente de ter dito aquelas palavras.
Pelo que pesquisava da jogadora ela parecia ser alguém bem rigida em questão de horários e rotinas, por qual motivo isso iria ser diferente na vida pessoal? Foi ingênua a pensar que um comentário casual resolveria a questão do atraso, mas não conseguiu evitar que o mesmo acontecesse. Até minutos atrás não sabia se teria coragem de chegar até ali e permanecia relutante até agora.

Abaixou a cabeça em sinal de arrependimento suspirando alto, sabia que não deveria agir daquela forma a partir de agora se não quisesse ser castigada, mas ainda era complicado aceitar e entender a situação em que se encontrava, afinal aquele seria seu primeiro dia.

_Desculpe...-Sussurrou e o silêncio indicava que ainda queria ser ouvida._ Não vai se repetir, Mommy.

Mordeu o lábio inferior sentindo o vermelho em suas bochechas se intensificando a medida que as palavras saiam de sua boca. Não sabia ainda como se sentir em relação a esse fetiche proposto por Kelley, chamar ela de Mommy ainda soava estranhos aos seus ouvidos, mas se isso significasse ter uma noite com a mesma estava disposta a continuar com aquilo, ser obediente e submissa o quanto fosse necessário para sentir seu toque.

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