Bela e as 7 meninas

Prólogo

8 Anos antes. ⠀
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Bella

O dia está ensolarado e todos parecem felizes ao andar na rua. Mas ao meu redor o clima está horrível. Estou olhando pela janela do carro que um dia foi do meu pai e agora pertence a Verbena, minha madrasta. Minha tia Ângela está sentada ao meu lado fungando enquanto meu tio Rafael consola a mais recente viúva do país. ⠀
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Tenho só quinze anos, mas não sou idiota. Sei que esse "Consolo" tem algo de interesse. Antes de falecer de uma maneira bem estranha,papai deixou todos seus bens para mim mas sob a responsabilidade de sua esposa. Uma mulher de vinte e poucos anos, com cabelos loiros falsos, cílios de drag queen e peitos siliconados que parecem brigar com qualquer blusa que ela usa. ⠀
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- Bella, você não falou nada desde ontem. - Meu tio toca minha perna a apertando, isso era para ser algo reconfortante, mas o toque parece um tanto estranho. ⠀
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-Deixe a menina, Rafael. Ela acabou de perder o pai. -Tia Ângela reclama me abraçando. Suspiro me sentindo fraca e cansada demais para rebater algo. ⠀
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A semana passou se arrastando, com paparazzis rodeando a casa, meu colégio e qualquer lugar que eu e verbena estivéssemos. Meu pai faleceu do nada no auge dos seus trinta e nove anos. Algo estranho e que não se vê sempre, já que ele era um homem forte e saudável e teve um infarto fulminante durante a noite, por isso todos estão espantados e sedentos por alguma entrevista. ⠀
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-Ayala, se arrume, sua tia esta indo embora e você irá acompanha-la. -Verbena avisa parando na porta do escritório aonde estou lendo. ⠀
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-Sim senhora.- fecho o livro marcando a página com uma foto do meu pai que peguei no álbum. Ao passar por ela uma sensação ruim me atinge mas afasto isso lembrando que é apenas Verbena que está ali e está tudo bem. ⠀
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Naquele mesmo dia eu e minha tia sofremos um assalto. Levaram minha bolsa com documentos e telefone, o celular da minha tia e levei um tiro em meu estômago quando implorei para nos deixarem ir. Pensei que iria morrer e só lembro de ouvir o cara, que tinha uma voz familiar, dizer: "O serviço está feito, loira".