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- Esse assado cheira tão bem! Só espero conseguir aprender a cozinhar assim! - Digo maravilhosa com os seus dotes culinários.

Ela ri, retirando o mesmo do forno.

- O Alex adora esta comida, especialmente das batatinhas assadas. - Ela diz, falando dele com um jeito carinhoso. Realmente, é evidente que ela o trata como se fosse filho dela.

- Vocês são muito próximos, não são? - Questiono-a, sem segundas intenções.

- Um pouco, eu fui a única que estive com ele quando aconteceu o acidente dos pais dele. Praticamente fui eu que o criei. Agora com vinte e seis anos já é dono de si mesmo.

- O que aconteceu com os pais dele?

- Morreram. - Uma voz rouca soa atrás de mim. - Muita curiosidade para quem ainda só está a começar agora, menina Carter. - Ele fala num tom bravo.

Sinto as minhas bochechas a queimarem de vergonha.

- Desculpe. - Peço já pela segunda vez hoje.

- Não acha que já são demasiadas desculpas, olhe-me nos olhos garota! - Ele vira-me para si, de encontro aos seus maravilhosos e tentadores olhos verdes. O seu cabelo encontra-se molhado, possivelmente por ter acabado de tomar banho, com um perfume viciante na pele.

- O meu nome é Melody. - Falo como um sussurro.

Ele ri da minha cara.

- Irene pensei que seria o melhor a arranjar as funcionárias cá de casa, mas parece que me enganei. Só a Irene é que nunca me desiludiu. - Fala, saindo da cozinha.

- Eu disse que ele tem um temperamento forte.

- Bastante forte. - Acrescento com raiva.

- Ele melhora com o tempo. - Ela tenta o defender, como se ele fosse o homem mais certo do mundo.

- É um idiota é o que é! - Exclamo de nervos. Como poderia alguém tão perfeito por fora, com aquele físico musculoso e lábios grossos, ser tão frio e rude por fora?

O que eu estou para aqui a pensar?

- Ele não tem o direito de falar assim consigo! Eu vou falar com ele!

-Não! Irene, por favor não diga nada só ia piorar a minha situação. É só o meu primeiro dia e já estou metida em tantos problemas...

- Tudo bem querida, mas da próxima vez ele vai ouvir! Não foi essa a educação que ele teve! - Ela fala brava.

Contudo, o assado tinha ficado um pouco frio, mas nada que aquele ali não merecesse.

- Eu vou levar a comida à sala de jantar, venha comigo para ver como faço. - Ela caminha pelo corredor até uma bonita sala com lareira e um enorme lustre de vidro no teto. Por fim, chegamos à sala de jantar, com uma mesa enorme, onde somente Alex estava sentado com os cotovelos apoiados.

Até consigo entender toda a sua frustração, viver sozinho não deve ser muito bom, mesmo estando coberto de dinheiro até ao pescoço.

- Pode ir descansar Irene, deve estar cansada. A menina nova pode servir-me o almoço hoje. - Ele fala dirigido para a Irene.

- Tem certeza? - Questiona-o confusa.

- Sim, por favor. - Alexander Turner a pedir "por favor"?

- Tudo bem então. - Ela passa a travessa para as minhas mãos, sussurrando um "vai correr tudo bem".

Respirei fundo e caminhei lentamente até ao meu chefe que me analisava de cima a baixo.

- Permita-me que o sirva. - Digo, pedindo a sua permissão para começar a distribuir a carne e muitas batatas no seu prato, visto que a Irene me deu a dica de que ele gostava muito.

- Diga-me, porquê tão bonita menina Carter? - Questiona-me após algum tempo.

- Como? - Pergunto meia perdida.

- É o que ouviu. Chegou atrasada, mostrou-se curiosa acerca do meu passado e agora está aí como se não tivesse ouvido que acabei de a chamar de bonita.

- Pois... é porque não tenho a permissão de responder a essas perguntas sr. Turner. - Respondo envergonhada.

- E se eu quiser que as responda? Eu sou seu patrão, logo eu mando em você.

Ele levanta-se da mesa. Engulo em seco ao sentir a sua presença perto de mim.

- Vai dizer que não me acha atraente? - Pergunta, colocando a minha mão sobre a sua camisa desbotoada.

- Eu preciso ir, fico contente que tenha gostado do assado de Irene, vou acabar de arrumar algumas coisas lá dentro. - Tiro a minha mão de cima do seu peito e saio dali o quanto antes. Consigo ainda ouvir a sua risada, antes de sair da divisão.

Ele está a querer dar comigo em doida.

Empregada de Turner - HOTOnde histórias criam vida. Descubra agora