Monte Paozu

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Ela acordou assim que os primeiros raios do sol apareceram, como fizera por toda sua vida. Jogou um roupão sobre a camisola e correu para cozinha, querendo fazer o melhor café da manhã do mundo para seu marido. E ele apareceu, desperto e feliz, quando o cheiro dos ovos mexidos e do pão de leite que ela esquentava se espalharam pela casa. Ficou em pé na porta da cozinha descalço e só de cueca, parecendo meio perdido, até que ela foi até ele e pôs os braços em volta do seu pescoço, oferecendo os lábios para um beijo.

Quase não comeu, satisfeita apenas por vê-lo comendo loucamente, de forma tão engraçada elogiando a comida a cada minuto com a boca cheia. Quando ele finalmente terminou perguntou, de forma espontânea:

- O que vamos fazer, Chichi? – ela retribuiu o olhar ansioso e espontâneo do marido com um sorriso charmoso.

- O que quisermos, estamos em lua de mel, meu pai mandou encher nossa geladeira e a despensa de comida para uns dez dias, mas acho que só vai durar dois dias, considerando o quanto você come. Eu tenho um bom dinheiro guardado da minha herança, então, não precisamos nos preocupar muito, por enquanto.

- Ótimo! – ele exclamou entrando correndo para o quarto. Ela ouviu alguns barulhos de coisas caindo e em minutos ele apareceu completamente vestido com seu habitual gi de luta laranja, calçando as botas apressado.

- Onde você vai? Não me diga que vai treinar? – ela disse, começando a ficar irritada.

- Treinar? Não! Talvez mais tarde! Quero te levar para passear, há muito tempo que eu fui embora, quero ver se mudou alguma coisa por aqui – ele começou a puxá-la e já ia chamar pela nuvem voadora quando ela gritou que não podia passear de camisola e roupão. Ele riu e esperou pacientemente enquanto ela colocava um vestido e sapatos confortáveis, e, em questão de minutos estavam voando na sua nuvem dourada, com ele falando freneticamente sobre suas aventuras passadas, e dizendo como aquele lugar era bonito, as montanhas onde fora criado. Empolgado, pois conhecia tudo por ali e foi dizendo a ela os nomes das aldeias, colinas, vales, à medida que a paisagem ia ficando cada vez mais livre de presença humana. Quando sobrevoaram um lago ela comentou que estavam um pouco longe de casa, mas ele disse:

- E se eu pescar um peixe para o almoço?

- Como assim? Você não tem material de pesca!

- Ah, eu nunca precisei disso – ele disse, rindo – e sempre pesquei aqui.

Quase imediatamente, ele desceu a nuvem e pulou, já tirando a camisa e as botas. Ela desceu cautelosamente observando-o enquanto ele tirava as roupas. Quando percebeu que ele iria tirar até a cueca, virou o rosto para o lado, vermelha de vergonha.

- Goku, você está nu! – disse, olhando para os lados apavorada, pensando que alguém poderia vê-lo daquele jeito ao que ele respondeu, de forma simplória:

- Ora, eu sempre nadei nu! – ele disse, jogando a cueca enrolada no alto de sua pilha de roupas. Passou por ela rindo, pulou na água e desapareceu por uns instantes, aparecendo em seguida adiante, chapinhando na água como uma criança:

- Ei, Chichi! Venha, a água está ótima!

- Eu não vou nadar nua! – ela protestou e ele riu

- Então pule na água de vestido. Mas depois ele vai ficar molhado e você vai sentir frio... venta muito na nuvem voadora. Só não deixe de aproveitar essa água!

Ela parou e pensou um instante na falta de inibição de Goku. Para ele a nudez era algo absolutamente natural e indiferente. Ela decidiu que podia, sim, tirar as roupas, se pelo menos conservasse roupas de baixo. Ao contrário de Goku, ela tirou as roupas devagar e cautelosamente e se aproximou da água um pouco assustada, os braços cruzados diante dos seios, inibida, imaginando seu sutiã e calcinha brancos ficando transparentes. Ele apareceu de repente ao lado dela, sorrindo alegremente enquanto a puxava para mais fundo na água.

O FuttonWhere stories live. Discover now