🕌 O Escravo do SHEIK (Romance Gay)

🕌 Capítulo 04

Diego estava cada vez mais assustado. Parado ali no meio daquela espécie de palco, sem conseguir enxergar o que estava a sua frente. Completamente nu. Exposto. Suas mãos cobriam o seu pênis. Aquelas pessoas pareciam discutir entre si e ele só esperava a sua própria morte.

Diego respirava de forma ofegante quando a voz com sotaque turco gritou no que parecia ser um sistema de som:

- O jovem brasileiro, vendido para o Sheik Aslan Hakan Doruk!!! 🕌

Para Diego, cada palavra daquela frase era como se fosse uma navalha lhe cortando por dentro. Nem em seus piores pesadelos ele imaginaria que acabaria sendo vendido como uma mercadoria, em um país que ele não conhecia nada, e o pior era não saber o que lhe esperava dali em diante. A história que ouviu no cativeiro sobre a retirada de órgãos, veio em sua mente e ele ficou ainda mais assustado.

- Podem levá-lo! - Gritou a mesma voz que havia anunciado a venda de Diego ao Sheik Aslan.

Mesmo na penumbra, Diego viu dois homens turcos, diferentes daqueles que levaram ele e Tayla até aquele local, se aproximando em sua direção. Ele sabia que aqueles homens o levariam dali para um destino que ele não fazia ideia de qual seria. O mais provável seria a morte.

- Tayla...seja forte. Lute por sua vida até o último instante. Não perca a fé em Deus...ele vai nos tirar dessa! - Diego dizia de forma desesperada e mesmo completamente nu, deu um abraço em Tayla, que também chorava desesperada, pois sabia que não veria mais Diego após o levarem dali.

Diego foi arrancado do abraço em Tayla pelos dois homens que ele já sabia que o retiraria de cima daquela espécie de palco. Diego com as poucas forças que ainda lhe restavam, tentou se livrar dos braços daqueles homens, mas eles eram imensamente mais fortes e altos do que Diego. Em meio ao desespero, tentou olhar para trás e tentar avistar Tayla por uma última vez, mas não conseguiu. Sabia que ela em alguns instantes também seria vendida da mesma forma que ele foi.

No meio de corredores com pouca iluminação, Diego seguia arrastado por aqueles dois homens que ele notou também estarem armados. Diego gritava por socorro mesmo sabendo que dificilmente alguém o entenderia ou o salvaria daquela situação. Durante todo aquele trajeto ele se debatia tentando escapar dos braços daqueles homens, mas sua força física já era quase nada.

Diego gritava já com a voz bastante debilitada e esperneava, tendo o seu corpo nu arrastado por aqueles dois homens, quando viu abrir em sua frente, no final de um daqueles corredores escuros, um enorme portão de ferro. Ele finalmente voltava a ver a luz do sol. Conseguiu ver também que o local onde estavam era uma espécie de um complexo com vários galpões. O local parecia uma fortaleza, toda murada e com ares de abandono.

Diego não teve muito tempo de observar o local onde estava, foi jogado repentinamente no banco traseiro de uma luxuosa BMW preta. Um daqueles homens entrou no banco de trás e sentou ao seu lado com a cara fechada e sem pronunciar nenhuma palavra. O outro que há poucos instantes também o arrastava para fora daquele galpão, entrou na parte da frente da BMW. Um terceiro homem turco já estava dentro do carro e saiu em disparada daquele local.

Diego estava ali, nu e recolhido no banco traseiro. O homem turco que estava ao seu lado, não olhava para ele. Os dois que estavam na frente conversavam algo em turco, eles falavam em voz bem baixa e Diego não fazia ideia do que eles diziam um ao outro. Na mente de Diego veio a possibilidade de tentar abrir a porta do carro e saltar dali, mas sabia que seria um suicídio instantâneo. A BMW seguia em alta velocidade por ruas que não aparentavam ser exatamente o centro de Istambul, e se ele pulasse do carro da forma em que estava, completamente nu, o asfalto iria corroer seu corpo e o choque que sofreria ao saltar do carro, possivelmente o mataria na hora.