Capítulo 1

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  Eu me chamo Leon Bonaventura, cresci no oeste de Greenville, uma cidadezinha chamada Stoncity. É uma cidade pequena, porém boa de se morar.

  É aquele típico local em que qualquer habitante se conhece e... Não importa em qual estabelecimento você entre, o comerciante vai cumprimentar você como se fosse seu próprio tio.

  Por isso sempre alguém em no mínimo um quarteirão costumava perguntar como andava minha família.

  Eu sempre respondia que minha família estava bem.

  Um lugar onde gosto de morar, não por conhecer a maioria dos idosos com mais de 100 anos, havia uma pista no gelo que era quase como se fosse um ponto turístico para a cidade. E quando começava o período de neve durava basicamente uns 6 meses a 7, ou seja, quando não estava no inverno à pista era fechada e só era aberta no ciclo de mudança climática.
Para ser franco, nunca cheguei a patinar lá, eu não me dava bem com o equilíbrio e a neve não era tão positiva como um solo seco.

  Claro, é neve!

  As únicas vezes que me arrisquei a entrar na pista, parecia um filhote de cervo em um barco navegando no oceano (Que cena).

  Então não era muito fã da pista e nem ela era minha fã, mas havia muitas pessoas que mudavam sua expressão por causa daquela pista, da neve e da paz em meio a tanta geada.

  Quem tinha um contato com a pista perdia o seu mal-humor em segundos.
Isso era bastante admirável, imagino.

  A pista de Deer Valley City era como um calmante ou chá da felicidade.
Outras formas de paz como é o caso de vários pontos bons da cidade.

  Um deles que me lembre era o Fliperama, eu particularmente gostava muito de passar horas naquelas máquinas de diversão constante, quase esquecia o mundo por alguns minutos.

  O mais triste disso tudo é que o fliperama com o tempo foi se transformando em um bar para alcoólatras anônimos, aqueles que fugiam das esposas e diziam que estava no trabalho.

  Ainda haviam algumas máquinas, mas a maioria foi vendida e com o dinheiro investiram no bar. Eu tinha uma máquina favorita de jogos, ela tinha um jogo mais próximo de Super Mario. Eu colocava uma ficha que custava aproximadamente US 1$ algumas.

  E sempre antes de chegar em casa desviava um pouco o caminho para me entreter naqueles jogos que com o tempo foram sendo substituídos por conhaque e picles molhado.

  O Sr. McDyan era o dono, ele como qualquer bom senhor da cidade também me conhecia e sabia que eu era um grande fã do local, antes de fazer as mudanças fez questão de me avisar e disse que infelizmente teria que fazer isso por motivos de falência.

  Eu tinha 14 anos nessa época, mas entendi que era preciso haver mudanças, pois atrairia novos clientes e não haveria tantos vagões sem uso.

  Então logo passou-se a fazer sentido as modificações que acontecera ali mais tarde.

  A Sra. Betty era a moça que gerenciava o Gellatu's & Burguer. Se você estivesse com fome ou a passeio na cidade saberia onde faziam os melhores milkshakes e hambúrgueres da região.

  Todos que apreciavam um bom lanche indicaria o lugar. Com êxito, afinal o nome do lanche estava entre um dos melhores da cidade.

  Ela tinha um ar mais doce e mais sofisticado para receber os clientes, por isso passava o mesmo bom espírito para suas duas funcionárias que tentavam ter o mesmo positivismo da Sra. Betty.

  Uma era a típica moça do leste chamada Lucy. Isso constava no seu crachá.

  Ela aparentava ter uns 19 anos, dando para estar nos últimos anos da high School. Mas eu sabia que ela não era da cidade, pessoas da cidade não lhe fazem uma pergunta sem lhe olhar nos olhos. Se você faz isso, você não nasceu ou mora em Stoncity. Mas mesmo assim ela tentava passar um clima harmonioso, e conseguia, apesar de seus "sorrisos amarelos" sempre tentava alegrar a gente com uma piada curta no mínimo. Eu notei algo especial nela, mas nunca tive a chance de perguntar se ela estava bem. Ela era bastante desprezada consigo mesma, por algum motivo dava para perceber isso, não sabia se a sessão que dava para sentir ao ver ela era de medo ou de sofrimento. Ela era uma moça educada e que estava ali para aprender. Embora eu achasse que por trás daquelas olheiras faltava algo.

O Pacto do Coração (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora