Capítulo 8

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Parece até que estou em outro mundo, tudo fica mais chique e luxuoso. Um hotel onde desde à entrada é servida por um manobrista que abre a porta do seu carro para você entrar ou sair e até retira suas malas e bagagem. No entanto minha bicicleta deverá ser estacionada por mim mesmo.

Na entrada tinha um tapete com alguma frase escrita em árabe, pois não entendi os dizeres.
Procuro encontrar a recepção, mas logo sem dificuldades noto o enorme balcão com algumas recepcionistas de narizes empinados.

-Olá, eu procuro a escritora que estaria hospedada aqui, ela se chama Francine Brooks.

Ela me olha de cima a baixo, sem pestanejar muito.

-Você seria algum fã dela ?

-Isso, sou um dos primeiros fãs que ela teve - Respondo com um sorriso crescente.

-Infelizmente ela deve está descansando, mas à noite ela vai fazer uma distribuição de autógrafos, você poderia vê-la por lá.

-Eu devo voltar para minha casa o quanto antes, moro muito longe daqui e adoraria ir na cessão de autógrafos, porém me falta um pouquinho de tempo.

-Olha, entendo. Para sua tristeza não há nada que eu possa fazer. Recebi ordens e devo cumprir-las.

-Certo, eu compreendo. Você pelo menos poderia avisar a ela que o... Leon Bonaventura estava procurando-a e que está muito feliz em ver seu sucesso.

-Claro, avisarei sim, Senhor.

E a recepcionista de nariz empinado volta para o seus afazeres.

Eu estava tão perto, ao mesmo tempo me via longe de falar novamente com a Francine, porém não iria correr para a escada e subir procurando desesperadamente pelo seu quarto enquanto provavelmente estaria sendo perseguido por seguranças de ternos fino e com cabelos penteados para a lateral. (Se bem que quis seriamente fazer isso).

Fiquei por um tempo ali, pensei que se eu esperasse Francine na frente do hotel logo ela deveria sair, quando estivesse no horário de ir para a livraria. Eu até poderia não falar com ela, mas a veria e seria o bastante para mim.

Então estava ali na frente do hotel, pensando em como eu iria reagir quando ela aparecesse, se eu falaria algo tipo "Oi, Francine" ou "Parabéns, você conseguiu". Embora não há nada que saia da minha boca que demonstre o quão estou feliz com suas conquistas. Eu sabia que isso iria um dia acontecer, pois desde que a conheci vi o seu grande potencial em escritas e criatividade em imaginar belas obras de artes. Só não imaginava que isso iria acontecer comigo longe dela. Eu queria ter estado presente até mesmo quando ela conseguisse finalizar suas novas obras, em cada frase que ela criasse seria uma alegria diferente que passaríamos, digo isso porque consegui acompanhar todas essas feições felizes, infelizmente não consegui acompanhar o final de algumas delas.

Eu estava ali parado, pensando por uns 10 minutos, chega um carro prata, parecia ser bem caro, já que até o manobrista arregalou os olhos.

O carro parou na frente da porta de entrada, por alguns segundos e saiu um homem de cabelo grisalho.

Espera, eu acredito que sim, era quem eu pensei sim. Eu estava diante do pai de Francine, isso soou como se fosse o destino mesmo.

O Pacto do Coração (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora