Capítulo 20

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   Antes de chegar em casa, procurei algo para levar de presente, eu não tinha muita ideia de o que exatamente seria bom.

Felizmente, para o meu afilhado roupas bonitas e pijaminhas ficariam bonitos de qualquer jeito.

Vi roupinhas e até brinquedos para ele, como um bom padrinho, escolhi tudo no dedo.

Cheguei em casa e minha mãe estava sentada no sofá, dei um beijo em sua testa. Expliquei como seria a festa na qual iriamos no dia seguinte.

Ela com os olhos cheios de lágrimas, coloca sua mão sobre meu rosto.

-Meu filho, estou muito feliz pelo que você se tornou! Sinto que meu dever em guiar você e Kendssy está cumprido!

-Mãe? Por que está dizendo isso?

-Por que estou feliz, feliz em ter você como filho.

-Eu sinto orgulho de você e do papai. Quero me casar com Francine, mãe. O que acha? Sentiria orgulho de mim por isso?

Ela olha no fundo dos meus olhos.

-Acredito que desde a primeira vez que vi essa doce menina aqui, em algum momento eu sabia que você iria me dizer isso.

Meus olhos se cobriram com lágrimas.

-O que a Sra. Acha de fazermos isso amanhã?

-Desde que você não desista, tudo bem.

Abro um sorriso e beijo sua testa.

Entro no meu quarto e infelizmente, estou tão cansado que leio bem pouco sobre o livro que Francine deixou para mim.

Acordo abraçado com o livro e está em uma página, onde especificamente tem uma frase sublinhada.

"Não seja o alicerce de medos, incertezas e inseguranças, a vida é mais bonita quando você se apega ao lado bom. Mesmo que não tenha em certos momentos um lado bom, nunca encare o abismo, com o tempo ele vai encarar você de volta".

Levanto e noto que o livro é bastante explicativo e completo.

Sigo para a cozinha.

- Bom dia! Mãe. O que a Sra. Acha de irmos mais cedo? Eu quero contar para Gelly o que irei fazer e a Francine pode se distrair enquanto você conta algo para ela.

Minha mãe faz gestos positivos com a cabeça, rindo.

-Tudo bem, querido. Acho que ainda sou boa em puxa um bom papo com as pessoas.

Meu pai sentado na poltrona dele, resmunga.

-Concordo, plenamente.

Fico tão ansioso que logo cedo, falo que é para nós irmos. Gelly mora um pouco longe por isso sair cedo não é pedir muito.

Seguro de um lado o presente do meu afilhadinho e do outro o livro na qual estou tentando ler.

É uma longa estrada até chegar na casa de Gelly. O livro é o melhor amigo quando se está ao lado de sua irmã que fica estourando uma bola de chiclete, do outro sua mãe tentando dormir, seu pai no passageiro e dirigindo o seu cunhado que fica cantando músicas de velho oeste.

Depois de alguns minutos, me pego olhando pela janela a fora.

Me sinto mal em ser tão egoísta, achei que estava fazendo o certo... Acho que fiz o certo, mas por algum motivo pensei o contrário, por um segundo vendo me reflexo. Me lembro de todo o meu trajeto, não me arrependo, mas ainda sim. Me vi egoísta. Querendo fazer do amor algo que deveria ser achado, meu amor ficou tão aconchegado que quando se despertou, fiquei cego e sem medo do pior.

O Pacto do Coração (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora