Capítulo 10

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Simplesmente é difícil pensar em algo quando se está nessa situação, não se sabe se liga para a policia ou sai em busca de alguma resposta para que talvez, haja uma explicação.

Deixo a carta novamente sobre a mesa de forma lenta. Quando sai da casa de Lucy, fiquei por uns 20 minutos ali fora em frente a casa, estava muito para baixo com uma expressão tão baixa e desconfortável. De repente, surge uma pessoa na calçada caminhando na minha direção, em seguida ouço uma voz.

-Leon?

Olho rapidamente.

-Meu deus, Lucy?

-O que está fazendo aqui essa hora?

-Você está bem? Precisa conversar?

-Estou bem, você está falando do que? O que está havendo?

-A carta que está na sua casa.

-Você leu a carta que eu tinha deixado em cima de minha mesa?

Faço sinal positivo com a cabeça.

- Eu lhe chamei, a porta estava aberta, resolvi lhe chamar através da abertura e me deparei com sua carta.

-Entendi, como posso lhe explicar... Eu estava fazendo um livro, está é a parte que minha personagem fica muito mal. Levei alguns dias escrevendo ela, finalmente consegui termina-lá. Hoje quando terminei, deixei ela sobre minha mesa e resolvi dar uma volta de bicicleta.

-Eu sinceramente achei que tivesse acontecido algo sério. Espera, você costuma caminhar a noite por aqui, não é perigoso?

-Não quando se conhece todos. Aliás, não vou para a estrada, por isso não é perigoso.

-Entendi, espera. Deixa eu lhe fazer uma pergunta conclusiva... Você quando trabalhava no gellatu's se sentia como?

-Eu me sentia bem somente ficava alguns dias triste, como meu pai e minha mãe moravam juntos, sempre eles ficavam discutindo e depois que eles se separaram por incrível que possa parecer, ficou tudo melhor.

-Posso acreditar que aquela carta se trata de uma história fictícia do seu livro, certo?

Lucy dar de ombros.

-Claro que sim, embora seja bem sério o assunto, é algo que eu quis passar para o meu livro.

-Nunca me disse que escrevia, eu fico feliz por você está criando um livro. Como ele se chama?

-Ainda não tem um nome certo, mas estou trabalhando nisso. Espera, o que está fazendo aqui essa hora?

-A Sra. Betty, ela pediu para eu lhe avisar que se você quiser o trabalho novamente, ele é seu.

Lucy abre um sorriso engrandecido.

-Sério?! Eu pensei que pela minha decisão, jamais iria trabalhar lá novamente.

-A Sra. Betty estava preocupada com você, você tinha parado de falar com ela.

-Felizmente, eu falava com a Sra. Betty todos os dias quase, mas o sinal foi cortado da área. Inclusive minha mãe teve que se ausentar por alguns dias, ela tinha que comunicar o pessoal do trabalho dela, mas como sem rede, né. Espera, mas você não veio somente para isso, o que houve?

Olho para o chão.

-Eu estava procurando Francine, ela estava hoje dando autógrafos, eu pensei em rever ela, já que tivemos que ficar distante por alguns anos, quando teve que apresentar sua história... Ela teve que viajar para trabalhar já que gostaram dela.

Lucy coloca a mão em meu ombro.

-Leon, ela não quis lhe ver?

-Não tive a oportunidade de saber, o pai dela proibiu eu de incômoda-lá.

-Ele pode fazer isso? Ela já não é adulta?

-Eles são ricos, sempre ele achou que eu não era a pessoa certa, fez ela viajar na época, acho que pagou os donos da editora para pedir para Francine ir para outra cidade para trabalhar e se afastar de mim.

-Isso é cruel, o que vamos fazer?

-Vamos? Como assim?

-Eu quero lhe ajudar a encontrar Francine.

-Tenho que voltar amanhã para Stoncity. Prometi que ficaria no máximo 4 dias fora para o dono da loja que eu trabalho.

-Eu estou disposta a tentar encontra ela agora e você?

Apesar do meu cansaço quase que evidente, eu não consegui recusar a ajuda de Lucy.

-Estou disposto sim Lucy.

-Tudo bem, deixe somente eu fechar a porta de casa.

Lucy ofereceu ajuda porquê sabia que eu estava dando o meu melhor para reencontrar Francine. Acho que percebeu como eu estava precisando de incentivo.

-Certo Leon, onde ela estava dando autógrafos?

-A livraria fica em LouisTower.

-Um pouquinho longe, suponho que a gente chegue lá em 30 minutos.

-Tudo bem, aguento fazer o percurso novamente.

-Ânimo, cara. Você precisa saber se a Francine quer lhe ver ou se já tinha lhe esquecido.

Fico pensando por uns 3 segundos.

-Certo, vamos.

Quase próximo, me surge uma dúvida com Lucy.

-Você escreve a muito tempo, Lucy?

-Um pouco mais de 2 anos. Comecei com poemas e versos curtos, decidi fazer um livro depois que deu certo.

-Muito bom, quero que me mostre o livro assim que você termina-lo.

-Pode deixar, mostrarei para você e Francine.

Em meio a uma noite fria, cansaço e dores nas pernas chegamos a livraria.

-É essa livraria Lucy.

-Eu sei, mas não tem ninguém.

-Já deve ter terminado a cessão de autógrafos.

Lucy abre os braços.

-Poxa Leon, descobriu isso pelo fato de não ter ninguém ou por você ter um sexto sentido.

-O que faremos?

-Sabe onde ela está hospedada?

-Era no Remitown.

-Hotel chique em. Difícil de entrar, porém não impossível.

-Você já até tem um plano?

-Claro, a gente vai distrair os possíveis seguranças e recepcionistas do hotel e...

Interrompo Lucy.

-Vai dar errado, como a gente vai saber qual é o número do Quarto da Francine?

-Fácil, primeiro eu pergunto na recepção. Vamos.

-E se o pai dela estiver lá?

-Acho que isso é impossível, ele deve está ocupado com outros deveres, mas tem um problema...

-Qual?

Lucy coloca a mão no queixo enquanto fica pensativa.

-Precisamos de uma terceira pessoa.

A gente vai se passar por uma imprensa de fora, talvez até de Stoncity. O pessoal aqui não conhece muito por lá, uma boa conversa e conseguiremos.

-Mas eles já me viram, eu fui mais cedo no hotel.

-Eu sei, por isso precisamos de mais uma pessoa, não se pode ser uma impressa somente por duas pessoas, sendo que uma delas não pode mostrar o rosto.

-Bom plano, como eu não pensei nisso antes.

-Sabe alguém que possa nos ajudar Leon?

Fico pensando por um tempo.

-Sei sim. Sei uma pessoa que pode nos ajudar.

-Quem? Mora perto?

-Vem comigo. Quando a gente chega lá, você saberá.

O Pacto do Coração (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora