O Prólogo da Sanem (livro 1)

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Livorno, 20 de fevereiro de 1980

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Livorno, 20 de fevereiro de 1980

Eveli e Muramat Sarsıl estavam sentados na areia, de frente para o mar, sorrindo um para o outro, quando broncas e gargalhadas chamaram a atenção do apaixonado casal. Era a filha, Demi, tentando ensinar um passo de balé para George, e seu irmão gêmeo, Dan. A pequena bailarina estava gargalhando da falta de jeito do primo.

Na verdade, George Mori não era exatamente primo dos gêmeos, os avós de George e Eveli eram primos, o que significava que houve casamento entre seus ancestrais. Então o que eles seriam? Talvez primos em quarto grau, um termo que só existe dentro dos laços familiares, do coração, mas sem valor perante a lei, ainda assim, se tratavam como primos.

As crianças estavam na beira da água, Demi queria que o primo ficasse na ponta dos pés, mas os dedos do garoto afundavam na areia, e ele desequilibrava. Dan se envergava para frente, com as mãos na barriga, de tanto rir.

— Nossa garotinha semana que vem já vai completar dez anos — disse a Sra. Sarsıl, suspirando.

— Nosso garotinho também, minha querida Eveli — acrescentou o Sr. Sarsıl.

— Eu sei disso, senhor meu marido.

— Hum... — Ele estreitou os olhos. — E aonde você quer chegar com isso?

— Ora, nada. — Deu de ombros. — Apenas estou constatando um fato.

— Como se não a conhecesse. A senhora minha esposa não é alguém que joga palavras vazias ao vento. — Aproximou o rosto da esposa, examinando-a. — Vamos, me diga, ou terei de usar meios pouco louváveis para obrigá-la — ameaçou, levantando uma das mãos em forma de garras e chacoalhando-a.

— Não, cócegas não, por favor! — Ela encolheu-se, as mãos abertas em frente ao corpo, como se pudessem servir de barreira contra o marido. — Muraaaa...

Tarde demais, ele já estava sobre ela, fazendo cócegas nas laterais de sua barriga. As gargalhadas e súplicas foram tão altas que as crianças pararam para olhar, balançando a cabeça ao perceberem do que se tratava.

— Tudo bem... tu-do bemm! Chega! Você... você venceu, vou contar — grunhiu entre risadas.

— Conte-me, amada esposa.

Ele apoiou-se nos cotovelos.

— É que... — Limpou uma lágrima que escapara, resultado das cócegas, então respirou fundo, soltando o ar de uma vez em seguida, tentava ainda se recuperar do ataque. O marido aguardava atentamente, rindo do estado dela. — Os anos passam tão rápido, não demora muito e Demi já estará se despedindo da infância e...

— Lá vem!

Ele sentou-se novamente.

— Você insistiu para saber e agora vai ficar me interrompendo?

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