Oi mores, espero que vocês gostem muito dessa nova história e que tenham paciência porque algumas coisas podem parecer confusas, só finjam e já era kkkjk posso possivelmente ter errado em algumas contas cronológicas mas na minha mente eu faço o que eu quiser, só sigam minha loucura...amo vocês. O sinal de + sempre vai indicar que passou algumas horas, ou dias ou semanas, whatever.
Meus pés insistem em latejar de tanta dor e eu respiro aliviada ao tirar os sapatos, lavo meu rosto e jogo a minha roupa em qualquer quanto que seja, não ligo. Annie olha pra mim com um sorriso no rosto, se despede e sai, coloco meu vestido correndo e olho meu reflexo pela última vez
Ando pelas ruas silenciosas pensando se eu gastasse um dinheiro com Uber agora iria me fazer falta, hoje meu pé está doendo mais do que o normal. Quando atravesso a rua não noto uma van vindo em minha direção e só sinto o impacto, não foi muito forte, mas foi forte o suficiente pra me derrubar no chão e ralar meus joelhos, resmungo de dor e me preparo pra levantar do chão, a porta van se abre e eu estava tão exausta que nem me importei em olhar quem era.
"Você é maluca, pô? Podia ter morrido" ouço uma voz que não é estranha pra mim. Levo um susto quando olho quem é.
"Vitão?" Pergunto assustada, meu coração palpitava cada vez mais enquanto eu o encarava
"Evie?" Ele faz uma cara de confuso e estende a mão pra me ajudar "Caralho, se não fosse pelo cabelo eu não reconhecia"
"Meu cabelo é igual o de qualquer outra, seu otário!" Ajeito minha roupa
"Queimadinho de sol assim? Nem ferrando" ele ri. "Mas você tá bem né?"
"Tô" dou um sorriso "Eu sou sua fã, que saco!" Empurro o ombro dele e ele ri abrindo os braços pra eu encontrá-lo, retribuo o afeto e sinto o mesmo cheiro suave de sempre.
"Ainda bem você gosta de algo que eu faço, primeira vez na vida" ele comenta e eu reviro os olhos "E sua mãe?"
Me afasto com um sorriso meio falso que aos poucos vai se desfazendo "Ela.. morreu"
"O que?" Ele fala alto
"É, ela teve meningite"
"Quanto tempo isso?"
"Muito tempo, Victor" coloco a mão na cintura "A gente não se vê faz muito tempo"
"Eu sei, eu sei...você sabe que"
"Seu trampo, bla bla bla" faço uma careta, ele puxa meu braço e me envolve num abraço de novo rindo.
"A mesma insuportável de sempre" quando abro a boca pra responder ele ouvimos a buzina da van ser tocada, olho pra trás assustada e vejo o motorista gritando o nome do Victor
"Bora, não tem tempo pra conversar não" o homem grita mais alto ainda e continua buzinando. Me preparo pra despedir dele mas ele segura minha mão
"Ae, vem comigo" ele começa a me puxar em direção a van
"Victor, não" tento puxar minha mão da dele mas ele segura firme
"Para de ser chata, eu te deixo em casa"
"O cara acabou de falar que não tem tempo" resisto.
"Tem sim, ele é dramático" depois de muito relutar subo na van logo atrás dele, ele senta e eu sento do lado dele me sentindo uma intrusa, só havia homens na van e eu me sentia deslocada.
"Ae, Darci, a gente vai dar uma parada num lugar antes de ir pro aero" Victor fala alto chamando a atenção do motorista, ninguém na van falou comigo e eu prefiro assim, nunca mais vou ver ninguém mesmo.