✨ Alô, queria falar que já deu, as flores já mucharam, Vitão, já pode parar de postar, mo kkkkk enfim, aqui estou eu na maior cara de pau atualizando a fic que eu demorei pra caralho pra continuar, não desistam de mim, tá show, viu migas?✨
Eu não tinha controle sob o meu corpo, eu estava toda mole, eu já tinha "ficado" com outros caras, na maioria das vezes por trabalho mesmo mas era diferente, ali não tinha nada, eu não sentia nada. Esse era Victor, o menino que talvez eu tenha idealizado a vida toda e nunca tive coragem de admitir. Eu acho que eu seria incapaz de me controlar com ele.
Subo no colo dele, minhas pernas tremiam e meu estômago revirava em antecipação, eu não conseguiria falar pra ele que eu sou virgem, ele vai pensar que eu sou uma idiota.
Quando sua mão sobe da minha cintura e toca meus seios sob a blusa, o ar some dos meus pulmões e imediatamente eu o paro segurando pelo seu pulso como se fosse um reflexo, eu ainda tinha que lidar com muitos demônios que talvez eu não teria mais coragem de dividir com ele.
Eu sei que eu deveria. Eu sou uma medrosa.
Ele hesita e olha pra mim "O que foi?" Ele me pergunta com uma certa confusão em seus olhos e olha para onde eu estava segurando seus pulsos.
Ele levanta a sobrancelha como se estivesse pensando em algo e pega meu pulso em sua mão, imediatamente eu puxo das mãos dele lembrando do nosso almoço no shopping onde eu falei que meu "namorado" tinha gostos peculiares na cama, quando na verdade era consequência da minha profissão que ele nem sonhava qual era.
"Seu pulso. Espera, você falou que namorava, Evie." Ele puxa meu pulso de novo e eu fico nervosa sentindo minha pele queimar sob seus olhos fixados na minha pele. "Meu Deus, eu sou lerdo mesmo....depois daquele dia no restaurante você ainda falou que não tinha namorado" ele murmura, mordo meu lábio inferior pra impedir minha risada de sair.
"Tá, eu menti." Admito "Mas depois a gente fala disso" digo apressada, querendo beijar ele de novo, antes que eu pudesse encostar nossos lábios de novo ele vira o rosto
"Então, o que tem no seu pulso?" Ele pergunta e segura meu braço novamente.
"Eu não me corto, se é isso que você tá achando" Murmuro.
"Eu não tô achando nada, só sei que seus pulsos são bem marcados" Ele continua analisando.
"Tá bom...é, um cara que eu saio, ele gosta desse tipo de coisa" engulo a seco quando Victor me olha com a expressão mais séria "Eu falei namorado aquele dia pra não...ah sei lá, eu não queria dar a impressão que nem um namorado eu consigo arranjar" Olho pra baixo, minha visão focando na mão dele que estava sob minhas pernas.
"Você não precisa mentir pra mim com medo de eu te julgar, isso nunca vai acontecer. E eu tava querendo que você fosse solteira mesmo" Ele me olha com uma expressão maliciosa e eu sinto minha pele arrepiar, sem dizer nada, tentando esquecer esse assunto, me aproximo mais dele iniciando um beijo lento que fez meu coração disparar, ele retribui e agarra minha cintura, fico lembrando de tudo que a Annie me falou e na minha mente passava um filme do quanto eu idealizei isso. É só respirar fundo e ir, Evie, é fácil, quer dizer...não tão fácil.
Tá, eu não sei se eu consigo.
Suas mãos exploram lugares que ninguém esteve antes e aos poucos eu já não conseguia mais pensar em nada, meu desejo era a única coisa que me guiava. Ele agarra meu cabelo pela nuca e sinto minha pele arrepiar novamente, como se tivesse com uma leve onda de choque por toda sua extensão, meus pés se contorcem em antecipação e eu solto um gemido baixo quando ele separa nossas bocas e distribui beijos pelo meu pescoço.
Quando a mão dele desliza pra dentro da minha blusa começo a ter memórias que eu preferia esquecer, engulo a seco tentando fazer essas memórias sumirem. Respiro fundo e o beijo, sua mão sobe cada vez mais e de repente minha pele começou a pinicar, como se eu estivesse com alergia a algo, minha mente só conseguia pensar naqueles momentos ruins e sutilmente tentei me afastar mas ele não tinha percebido. Eu tentava dizer pra mim mesma que estava tudo bem, que era o Victor e que ele nunca iria me machucar mas mais uma vez meu passado vai arruinar um momento especial pra mim. Em questão de segundos eu estava desesperada e querendo me afastar do toque dele.
"Para" Falo ofegante e na hora ele se afasta e encosta no sofá.
"E-e-eu fiz alguma coisa errada? É que eu achei que.." ele analisa minha expressão e saio do colo dele e fico de pé.
"Não" Murmuro sem jeito "Não é nada com você, eu que...Ai, sei lá eu preciso tomar um ar" Falo e saio praticamente correndo pra varanda da casa.
Ouço passos e já sei que ele está vindo atrás de mim, me sento na escada de madeira e fico observando o céu pensando em qual desculpa eu inventaria pra ele.
"Ei, fala comigo" ele fala com a voz baixa.
Olho pra ele e dou um sorriso de lado "Desculpa" murmuro e olho pro chão.
"Não precisa pedir desculpa, você não é obrigada a nada."
"É que....ah sei lá, eu sou uma boba" Falo com a voz falhando, ele pega minha mão e eu me viro pra olha pra ele.
"É normal"
"Victor não é normal, eu já sou uma adulta e-" Reviro os olhos.
"É normal" Ele fala mais firme "eu não quero te forçar a nada"
"Você não me forçou" Falo com toda sinceridade e passo a mão em sua bochecha.
"Tá, vamos dormir então, tô quebrado" ele abre um sorriso mas eu ainda sentia o clima estranho que eu mesma criei. Ele não estava nem um pouco cansado a uns minutos atrás e agora tá dizendo isso, eu não quero colocar ele nesse tipo de situação mais, eu queria ligar pra Annie mas eu não faço idéia do que ela está fazendo agora, provavelmente aproveitando mais a noite do que eu.
Subimos as escadas em silêncio pra não acordar ninguém, eu me sentia um pouco deslocada, se ele soubesse qual é o meu real trabalho, o que será que ele falaria? Óbvio que não seria nada de bom né.
"Você é linda, sabia?" Ele diz e eu paro de ajeitar o travesseiro na cama pra prestar atenção nele. A esse ponto meu rosto deve estar todo vermelho, e eu não sabia o que responder, não é a mesma coisa de quando eu recebo elogios de homens aleatórios.
Balanço a cabeça e solto uma risada sem jeito. Nos ajeitamos na cama e ele vira de frente pra mim, sinto um frio na barriga familiar novamente, os pés dele tocam os meus, era tudo tão diferente pra mim, eu sempre me privei desse tipo de intimidade, já é um início eu estar aqui com ele. Eu sabia que ele seria o único a derrubar os muros que eu levantei.
"Eu nunca gostei da Camila" ele fala quebrando o silêncio.
"O que?" Pergunto confusa.
"Quer dizer, eu gostava dela até certo ponto, mas não como namorado. Mas eu acho que ela soube comandar minha vida, entende? E eu acabei ficando preso" Ele explica.
"Fingiu bem, parecia que morria de amores por ela" Falo sendo sincera.
"Você praticamente me empurrou pra ela"
"Não foi assim, eu queria que vocês fossem amigos também"
"Ela nunca quis ser só isso, você era muito ingênua, Evie. Só de olhar pra cara dela eu vi que ela ficou interessada em mim e você não" Ele ri e dou um sorriso de lado sem saber o que falar, a gente vai mesmo fazer isso?
"E você foi com ela por que então?" Pergunto.
"Eu não tive muita escolha" ele dá de ombros, fico quieta sem ter o que falar pra ele "Você não percebe mesmo né, Evie?" Ele se apoia em sua mão
"O que?" Pergunto confusa.
"Eu sempre gostei de você"