Dois

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Despertei quando senti dedos passeando por meu braço, e automaticamente agarrei o braço da invasora, a surpreendendo

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Despertei quando senti dedos passeando por meu braço, e automaticamente agarrei o braço da invasora, a surpreendendo. Ela se assustou e só então eu larguei seu braço.

- Me desculpe princesa... eu não quis assusta-la. - A moça disse, enquanto massageava o braço que eu segurava. Como se eu a tivesse machucado. - Eu só quis ver suas marcas, cuidar das queimaduras. - Ela completou, gaguejando.

- Princesa? - Debati automaticamente.

  Me esforcei para me sentar na cama, com a cabeça girando observei o lugar que eu estava.

  Um quarto de mármore branco, o piso e as paredes eram feitas de um mármore brilhoso, grandes janelas de vidro que iam do chão até o teto, com cortinas pretas enormes, um lustre gigantesco com detalhes em dourado. Grandes cômodas brancas e um guarda roupa com portas de espelhos, a cama que eu estava era enorme com lençóis e edredom pretos. Parecia um palácio.

- Você está se sentindo melhor? Vou avisar ao Rei que está acordada, ele vai adorar vê-la. - A moça se apressou em dizer e correr em direção da gigantesca porta preta.

- Espere! Que lugar é esse? - Eu gritei, me levantando da cama em um pulo.

  Quando me levantei vi que estava vestindo uma camisola branca que ia até meus pés, puxei o tecido macio pra cima, o agarrando com as mãos e correndo até a porta onde a ruiva estava. Ela tirou a mão da maçaneta, e a porta se abriu sozinha. Dei dois passos pra trás, quando dois homens adentraram o quarto.

- Vejo que você está recuperada, depois de dois dias apagada. - Um homem que parecia ser alguns anos mais velho que eu disse, ele tinha cabelos brancos acinzentados, olhos azuis e uma boca carnuda que me fez perder ligeiramente o foco. Era tão alto que eu tive que inclinar o rosto. Sua pele tão branca como papel. Era quase uma beleza não humana. - Que tal se sentar?

- Quem... quem são vocês? O que aconteceu comigo? - Eu disse me afastando dos homens lentamente. - Porque eu estou aqui?

- Por que eu salvei sua vida. - O homem com as mãos apoiadas na espada disse. Ele usava uma roupa parecida com um uniforme em couro. - Você quase foi morta.

Ele era o homem que eu vagamente me lembrava. Eu fui atacada por um maluco e ele me salvou, ele me encontrou caída naquele beco imundo. Quem quer que ele fosse, o devia minha gratidão.

Ele me olhou de cima a baixo, averiguando meus braços e corpo. Rapidamente passei as mãos pelo local onde me lembrava de ser esfaqueada e não senti nada, nem curativos, muito menos dor. Mas o homem ainda me observava com atenção. Ele era alto, quase tão alto quanto o homem de cabelos brancos. Seu corpo era perfeitamente moldado na armadura preta e branca que ele usava, seus cabelos eram curtos e pretos, mais pretos que os meus. Sua sobrancelha era escura e acentuava os olhos verdes, os mais verdes que já vi. Sua pele era perfeitamente bronzeada e sua boca rosa e carnuda. Ele também tinha uma beleza sob humana.

 𝑶 𝑹𝒆𝒊𝒏𝒐 𝒅𝒂𝒔 𝑺𝒐𝒎𝒃𝒓𝒂𝒔 | [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora