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Anne sentiu o seu estômago revirar, assim que assistiu o noticiário naquele dia

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Anne sentiu o seu estômago revirar, assim que assistiu o noticiário naquele dia. Literalmente todos os canais falavam sobre a fuga do Van Dijk e ela estava simplesmente apavorada, ele havia a manipulado e ela havia sido idiota o suficiente para cair naquele joguinho.

— Anthony, quero que leve a sua irmã para a escola. Esse cara fugiu e não estamos mais seguros. — O homem reclamou, enquanto enchia a boca com cereal.

— Ele não vai fazer nada pai, já deve estar bem longe daqui. — Anne sentiu uma lágrima escorrer pelo seu rosto mas rapidamente a secou. Ruel faria mais seis vítimas e então, ela seria a próxima. — Eu vou pegar o meu moletom e então podemos ir.

Anthony subiu as escadas rapidamente enquanto Anne agradecia aos céus, por ter uma companhia para ir até a escola. Ela iria aprender a nunca mais confiar em garotos bonitos, principalmente quando sabia que ele era um assassino.

Como ela havia sido tão burra? A garota do jornal tinha razão, assassinos não mudavam de um dia para o outro.

— Algum de vocês viu o meu moletom preto? Ele sumiu. — O mais velho reclamou, assim que desceu as escadas mais uma vez.

— Deve estar na roupa suja, mais tarde eu procuro. — A mulher deu de ombros, virando a xícara com café.

— Ele estava pendurado na minha porta ontem e de repente sumiu.

— Esquece isso Anthony, vamos nos atrasar! — Anne reclamou, se xingando mentalmente por ter pego justamente o moletom favorito do irmão.

Anthony não iria desistir da peça tão facilmente mas estava atrasado para a escola e então pegou outra jaqueta qualquer, seguindo para o carro que eles compartilhavam.

O rádio estava ligado e as notícias sobre Ruel não paravam, fazendo com que Anne se sentisse apavorada. Era tudo culpa dela, mais garotas morreriam e ela seria a culpada, por todas as mortes.

Tentou não chorar enquanto pensava naquilo e entrou na escola em disparada, assim que Anthony finalmente estacionou.

Literalmente todos os alunos estavam a encarando, como se soubessem de todos os seus segredos. Os olhares fizeram com que Anne se sentisse sufocada e então ela procurou o banheiro mais próximo.

Abriu a torneira e então abaixou o seu rosto, jogando muita água nele, ela queria se afogar e acabar com aquela tortura logo, afinal, iria morrer de qualquer forma.

Sentiu seu coração acelerar assim que se levantou e viu através do espelho, a jovem logo atrás de si. A garota que usava aparelho e era muito sorridente, esticou os braços enquanto segurava um pacote.

Anne hesitou em pegar mas a garotinha insistiu, deixando o pacote com a River e então saindo do banheiro. Anne desembrulhou o papel cuidadosamente, sentindo um frio na barriga ao ver o moletom do irmão, intacto.

Junto à ele havia um cartão, a capa possuía uma criança sorridente e logo atrás, havia um recado escrito com uma caneta de tinta preta. Anne engoliu em seco, antes de começar a ler as assustadoras palavras.

obrigado por ontem, Anne. amo a sua alma e é por isso que quero manda-lá direto para o céu. você é boa demais para continuar em um mundo tão mal, querida. depois de hoje à noite, ficarei apenas a cinco corpos de você.
— Ruel Van Dijk

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