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As notícias estavam em todos os jornais da cidade, Ruel havia feito mais duas vítimas, duas garotas que estavam caminhando a noite com um cachorro

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As notícias estavam em todos os jornais da cidade, Ruel havia feito mais duas vítimas, duas garotas que estavam caminhando a noite com um cachorro.

Todos na cidade estavam apavorados, os avisos diziam para que mulheres não caminhassem sozinhas a noite e denunciassem qualquer suspeito. Ruel estava transformando Sydney em um inferno, como Bundy havia feito nos Estados Unidos na década de setenta.

As ruas ficavam vazias a noite mas Anne não tinha medo. Ela fugia pela janela do quarto, na madrugada com a arma carregada, esperando pelo momento em que Ruel cruzaria o seu caminho.

Aquela noite era mais uma daquelas. Ela nem sequer tinha medo de outros criminosos, não tinha medo de nada desde que havia tido um particular com o próprio demônio.

Anne colocou as mãos no bolso e ergueu o capuz, para se proteger do frio daquela madrugada. Caminhava tranquilamente, pelos becos mais sujos de Sydney, sem se importar com o que estaria atrás de si.

Os passos duplicaram e Anne logo percebeu que estava sendo seguida. Parou imediatamente e então girou seu corpo lentamente, encontrando justamente quem gostaria.

Ruel usava um longo casaco preto, seu cabelo desfiado estava levemente bagunçado, as bochechas ainda mais vermelhas graças ao frio e ele umedeceu os lábios com a língua, sorrindo abertamente em seguida.

— Ah, é você, que pena. — Ele passou a mãos sob os cabelos, os jogando para trás. — Está difícil encontrar as duas últimas Anne, acho que o meu rosto está em todo lugar.

— Não me toque. — Anne deu um passo para trás, após perceber que ele estava se aproximando.

— Eu sei que você gosta.

Anne colocou as mãos na jaqueta e então puxou a arma. A destravou no mesmo segundo e então a segurou na direção do Van Dijk, que apenas sorriu.

— Você fica sexy quando faz isso. — Ruel deu um passo para frente, enquanto Anne sentia a sua mão tremer. — Mas você não quer fazer isso Anne, eu sei que não.

— Você não me conhece.

— Eu observei você durante um mês, sei bem todas as suas manias e fraquezas. Você não seria capaz de matar uma mosca, Anne River.

Anne sentiu uma lágrima escorrer em seu rosto, ela detestava saber que ele tinha mesmo razão, ela não era tão corajosa quanto fingia ser.

Ruel havia aproveitado o momento de fraqueza para se aproximar, acertando Anne na cabeça, com uma das barras de metal do local. Ele segurou o corpo da garota, que despencou em seus braços, aos poucos.

Anne poderia ser uma idiota mas facilmente se tornaria corajosa, ele precisaria tomar cuidado com ela e faria aquilo, pessoalmente.

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