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A primeira coisa que Anne viu após abrir os olhos, foi um sorriso fofo vindo do Van Dijk

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A primeira coisa que Anne viu após abrir os olhos, foi um sorriso fofo vindo do Van Dijk.

Ela se levantou em um pulo mas quando tentou correr, percebeu que estava presa com algumas correntes de metal. Ruel achou patético ela estar se debatendo para tentar sair então apenas observou, esperando pelo momento em que ela perceberia que tudo aquilo era em vão.

— Terminou?

— Você é um doente.

— Você não é a primeira a me dizer isso. — O mais alto deu de ombros, não se importando com as ofensas. — Tenho uma surpresa para você, Anne River.

Anne continuava achando incrível como ele conseguia manter o sorriso no rosto, enquanto seus olhos continuavam vazios e sombrios.

O garoto saiu do quarto por alguns minutos e então Anne enxergou a arma em cima de uma escrivaninha, não demorou para perceber que era a arma do seu pai.

Anne esticou o seu corpo, enquanto levava a sua perna até a ponta do móvel e o chutava, com esperanças de que a arma cairia ao alcance dela.

Antes que tentasse pela terceira vez, o garoto alto finalmente entrou no quarto. Ele havia percebido o que ela estava tentando fazer e então pegou a arma, a guardando em um dos bolsos do casaco enquanto encarava Anne com raiva.

Anne só reparou na presença de uma terceira pessoa, uma garota, minutos depois. Havia uma corda amarrando a sua boca e mãos, enquanto seu rosto estava vermelho por tanto chorar. Ruel a chutou e a garota deitou no chão, Anne a olhou nos olhos por alguns segundos, ela parecia implorar pela própria vida.

— Você é a garota mais curiosa que eu já conheci Anne. Você queria saber o que eu sinto quando mato alguém, certo? Bem, te darei algo melhor, você vai observar e tirar suas próprias conclusões.

Ruel virou a garota de barriga para cima e então tirou o que a impedia de gritar. A garota gritou por socorro no mesmo momento mas ele rapidamente subiu em cima dela, levando suas mãos até o pescoço da mesma e descontando toda a sua raiva.

A garota se debatia no chão enquanto Anne gritava para que ele parasse. Algumas veias começaram a aparecer na testa da garota loira e então Anne fechou os olhos, escutando os gritos se cessarem aos poucos.

Ruel gargalhou, enquanto Anne sentia diversas lágrimas escorrerem pelo seu rosto. Ele era um monstro, assim como todos haviam dito para ela, eles estavam certos.

— Você precisa assistir a melhor parte Anne. Olhe para eles. — Ruel segurou uma mecha do longo cabelo louro. — São idênticos aos da Sylvie.

Ele encarou Anne uma última vez e então puxou a mecha com força, a arrancando quase que por completo. Ele puxou mais alguns tufos, enquanto Anne evitava olhar para o corpo sem vida, a poucos metros dela.

— Você é doente, seu monstro! — Anne gritou, mesmo que ainda estivesse em estado de choque.

— Só mais uma e então, a próxima será você. — Ruel sorriu maquiavélico, deixando um beijinho na testa da garota em seguida.

Anne sentiu o pânico a invadir, enquanto se imaginava no lugar daquela garota. Pela primeira vez, ela estava vendo sua vida passar diante dos seus olhos e sentia, que estava mesmo vivendo os seus últimos momentos.

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