Capítulo 5

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Cinco dias havia se passado desde a tarde em que John foi encontrado morto. Depois de uma análise minuciosa, nada foi encontrado de suspeito no computador de trabalho dele. Detetive Scott já estava começando a levar em consideração a possibilidade de que o caso nunca fosse de fato solucionado. Claro, se fosse um crime isolado, pois nenhum outro homem foi encontrado morto em New York naqueles dias. Ao menos não com características que pudessem indicar que a autoria era da mesma pessoa.

Naquela noite, depois que Robert saiu para trabalhar, Jane se preparou para o encontro da noite. Ela vestiu um conjunto de lingerie sexy e seu vestido vermelho, estava deslumbrante, literalmente vestida para matar. Pegou sua pequena bolsa e saiu caminhando tranquilamente pela calçada, pegou um táxi e informou o endereço ao homem.

David morava do outro lado da cidade, mas o local escolhido para o encontro não era na casa dele, sua esposa não estava viajando. Teve que inventar uma desculpa para que pudesse ir ao encontro com Jane. Ele tinha um amigo que era dono de um pequeno apartamento. Estava mobilhado, mas ninguém morava lá, eles usavam o local sempre que queriam um lugar reservado para saírem com outras mulheres. Ambos eram casados, usando o local economizavam o dinheiro do motel e ainda corriam menos riscos de serem flagrados por alguém conhecido.

Jane pediu ao taxista para que parasse em um lugar aleatório, o restante do percurso ela faria caminhando. Depois de uns dez minutos, ela chegou ao local. Não havia campainha, rapidamente ela bateu na porta, queria entrar antes que alguém pudesse notar sua presença ali. David deveria estar a esperando e estava, logo ele abriu a porta.

— Nossa, você é linda mesmo!

— Não vai me chamar para entrar? Está um bocado frio aqui fora.

— Claro, vamos, entre logo. Fiquei hipnotizado com sua beleza que até me esqueci de chamá-la para entrar.

Jane entrou e sentou-se sobre o sofá, cruzando as pernas na frente dele, deixando a calcinha aparecer momentaneamente.

— Você é casada, de verdade?

— Sim, mas meu marido passa a noite fora trabalhando, a cada dois dias. Não sou de ferro, quero transar e ele não está em casa. Esses brinquedinhos que existem por aí não são a mesma coisa, eu gosto é da coisa natural. Quente, pulsando dentro de mim.

— Verdade, a mesma coisa eu digo sobre os preservativos. Não é a mesma coisa quando transamos com proteção. É muito mais gostoso sentir o toque da pele, o calor daquele local delicioso — falou deslizando a mão sobre a calça, apertando seu membro que já estava visivelmente ereto.

— E você, por que motivo trai a sua esposa?

— Porque ela não gosta de fazer nada de diferente, para ela tudo é pecado. Já tentei convencê-la de que num casamento não existe pecado, tudo é permitido entre quatro paredes. Só que não adiantou nada. Então eu cansei, fui atrás de quem está disposta a me dar o que eu quero. Espero que você não me decepcione.

— Tenho certeza que não, mas sexo sem preservativos não vai rolar. Não quero engravidar, nem pegar alguma doença.

— Tudo bem! Só o fato de foder uma gostosa igual a você já está ótimo.

— Estou com a garganta seca. Tem aí alguma coisa para beber?

— Tenho apenas cerveja, se quiser.

Não era a bebida que ela mais gostava, mas talvez fosse melhor ainda do que o planejado. David pegou a garrafa no refrigerador e serviu dois copos. Eles começaram a beber e ficaram conversando, David queria deixar o copo de lado e ir para a cama logo, mas Jane disse que não estava com pressa. Que a bebida também serviria para deixá-la mais solta. O sexo seria muito melhor se ela estivesse relaxada, sem vergonha de ficar nua na frente de um homem que ela acabara de conhecer.

Letal (degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora