— Você realmente não vai comer isto, não é? — Harry curvou seu lábio, olhando fixamente com uma expressão horrorizada para o que continha no prato da sua amiga.— Parece que alguém massacrou uma salada com todo esse verde e vermelho.Sua melhor amiga Amanda, riu. — É a tendência de dieta mais recente. Parece horrível, mas devo perder nove quilos por mês se comer isso todo dia.
Harry empurrou uma mecha perdida do cabelo para trás da orelha. — Perderia isso tudo também se tivesse que tentar me sufocar engolindo esse lixo. Eu não comeria. Suspirou. — Sei tudo sobre dietas e acho que tentei todas. Confie em mim, isso não vai funcionar. O único modo que posso perder alguns quilos é bebendo água e me exercitando até que não possa respirar.
— Você só precisa perder treze quilos. Amanda fez beicinho. — Eu preciso perder duas vezes isso. Esta salada de espinafre e aquela coisa de molho quente devem funcionar. Quero estar em forma novamente.
— Você e eu, nós dois já temos formas. Harry piscou. — Redondo é uma forma. Olhe, estou cansado de ser infeliz, porque minha bunda não entra na mesma calça jeans que vestia quando tinha quatorze anos, e tenho adoráveis pneuzinhos. Aprecio comer e detesto ficar faminto. É uma droga estar com fome o tempo todo. Aquelas dietas acabavam me deixando extremamente triste, faminto, e deprimido. Apontou para o hambúrguer em seu prato, e usou a outra mão para empurrá-lo mais para perto de sua amiga. — Dê uma mordida. Você sabe que você realmente quer. Coma uma batata frita. Viva um pouco e salve-se da miséria. Você apreciará minha comida mais do que a sua.
— Ninguém me chamou para sair em dois meses, Harry. Dois meses inteiros. Você tem cabelos longos e bonitos olhos verdes a seu favor. E você é pequeno. Você é atraente para homens até com peso em excesso.
— Sim. Os homens simplesmente estão arrombando minha porta. Bufou. — Só não devo estar em casa quando fazem isso. Ninguém continua lá quando saio para trabalhar. Eles têm que ser carpinteiros qualificados, porque são maravilhosos em consertar qualquer dano que fizeram para entrar.
— Aquele homem te chamou para sair semana passada e ele era atraente.
— Atraente? Ele me lembrou de uma marionete com seu cabelo vermelho crespo e as sobrancelhas juntas.
— Pelo menos alguém te chamou para sair. Amanda suspirou. — Adoraria alguém do tipo marionete. Você poderia levá-lo para casa e guardá-lo. Aposto que ele é do tipo que gosta de um aconchego.
Harry agitou sua cabeça em desgosto. — Imagine transar com alguém que te lembra um desenho animado infantil. Poupe-me. Não quis ficar com ele ou levá-lo para casa. Além disso, ele era um tanto quanto estranho. Tinha uma relação esquisita com a mãe. Ela me ligou cinco vezes para me dizer que seu filho era um homem agradável, e que eu devia namorá-lo. Tive medo que me convidassem para jantar, e que morassem próximos a alguma casa distante em uma colina que ficava ao lado de um motel arrepiante.
— Engraçado. Amanda hesitou antes de enfiar uma batata frita em sua boca. —Ele era atraente, naquele filme. Que pena que era um assassino armado com facas. Quero dizer, ah qual é. Apunhalar a garota pelada no chuveiro ou transar com ela? Rolou seus olhos. — Que desperdício.
— Preocupo-me com você. Harry comentou, sorrindo para suavizar suas palavras.
Seus olhos marrons brilharam em diversão. — Não me importaria com um psicopata se fosse me apunhalar de um modo sensual com uma grande parte do corpo.
— Você é doente. Harry riu. — Você... Seu telefone tocou. Gemendo agarrou sua bolsa debaixo de sua cadeira. Um olhar em seu identificador de chamadas a fez estremecer. — Aqui é o Harry. O que foi, Mel? Harry escutou sua chefe e fechou seus olhos. — Hoje à noite? Por que não pede para outra pessoa... pausou. — Mas estou no meio do jantar com uma amiga minha. Não posso talvez... calou a boca e friccionou seus dentes. — Mas não pode ir no meu lugar por que... estava ficando bravo. — Tudo bem. Certo. Eu irei. Tá certo. Adeus. Desligou. Harry empurrou o celular de volta para dentro de sua bolsa e parou, dando a sua amiga um olhar lamentável. — Tenho que ir.
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WRATH- Larry
FanfictionLouis voluntariou-se para viver e trabalhar fora de Homeland, onde ele volta a ser confinado em um pequeno espaço com outros machos. Ele foi submetido a terríveis abusos enquanto estava acorrentando às perversas maquinas da Mercile, e por isso sabe...