WRATH- Larry

Capítulo 6

Louis ergueu seu rosto e Harry ficou chocado com a dor que viu em seu olhar escuro.

— Você cheira tão bem.

Sua voz era profunda, áspera, e devia tê-lo
assustado. Admitiu experimentar um pouco de medo, mas não o estava machucando. Seu comportamento era mais chocante do que apavorante. Seu corpo aqueceu mais enquanto se olhavam fixamente um nos olhos do outro. Ele estava tão perto que podia ter apenas erguido uma mão para tocá-lo, e o tempo parecia ter parado.
Sua respiração aumentou e parecia que estava procurando por algo no olhar dele. Apenas não estava certo do que. Rosnou e suas mãos largaram a extremidade da cama ligeiramente, para pousar em cima de suas coxas. Os dedos esfregaram e deslizaram para a cintura de sua calça de moletom, onde hesitaram. De repente empurrou. Ele aterrissou planamente no colchão. Seus dedos engancharam no cós e puxou. Harry olhou fixamente para baixo para olhá-lo, ele continuo o encarando, mas não protestou.

— Não o machucarei, Harry. Seu cheiro é tão bom.

— Louis?

Não soube o que fazer, mas não quis dizer não a ele. Uma pequena voz o lembrou que não deveria estar considerando fazer sexo com um estranho, algo que nunca faria, mas Louis era diferente. Toda aquela regra sobre nem mesmo beijar um cara até o terceiro encontro, de repente pareceu bem antiquada e estúpida, enquanto alguém tão sensual quanto Louis estava tão próximo e o queria tanto.

— Feche suas coxas para mim.

Hesitou por um segundo, mas fez isto. Seu corpo parecia vivo, doía, e o desejo que escurecia seu intenso olhar, era razão suficiente para fazer como exigiu. Juntou suas pernas e as ergueu, enquanto ele puxava o material por cima de seus quadris. Isto deslizou para baixo de suas coxas até que ele as removeu.
Harry sabia que deveria se contorcer, sair e dizer que parasse. Ele era Nova Espécie, um estranho, e não sabia muito sobre ele, mas o desejo dominou o bom senso. Nem conseguia se lembrar de estar tão excitado por um homem. Estava farto de arrependimentos—já tinha muitos deles, mas este não seria adicionado a sua lista.
Ele soltou a calça de moletom no chão, removeu suas meias, também, e se inclinou por cima dele agarrando seus joelhos.

— Abra-se para mim. Não o machucarei.

— Eu... Tinha consciência sobre seu corpo nu e especialmente em mostrar seu sexo espalhado para que ele examinasse. Nenhum cara realmente o olhou lá. Sempre ficou muito envergonhado e de certa forma não tocavam no assunto. Embora a curiosidade de saber o que iria fazer fosse forte.

— Você tem medo de mim? Ele fungou. — Não sinto cheiro de medo.

Suas bochechas ficaram mais mornas. — Eu, hã, as luzes estão acesas e estão bem claras.

Ele franziu a testa. — Não entendo.

— Você quer fazer sexo, certo? Podemos diminuir as luzes primeiro? Não quero que me veja. — Empurrou a camisa acima de seu colo para esconder sua nudez da metade para baixo.

— Por quê? Confusão era uma emoção fácil de ler em seu rosto.

— Ninguém nunca olhou para mim, lá embaixo, e se espalhar minhas pernas... Você está de joelhos. Vai conseguir ter uma boa visão.

— Seu rosto está um pouco vermelho.

— Estou envergonhado. Minha experiência sexual não é, bem, não dormi com muitos homens e aqueles que com quem dormi, não quiseram me ver com luzes brilhantes acesas. Não posso dizer que não fiquei chateado com isso. Estou um pouco acima do peso e ciente de como pareço nu.

— Abra-se para mim. Quero vê-lo e acho que é muito atraente.

— Você está curioso? Podia entender isso. — Você já viu, merda, você é... — Não conseguia dizer. Louis era muito atraente para ser virgem.