Eu estava muito ansiosa quando acordei, percebi que tinha cochilado quando fui desperta por Crouch tocando no meu cabelo.
— me assustou. — cochichei tentando controlar meu coração acelerado.
— Você é linda quando dorme. — foi o que disse.
Me arrepio e respiro fundo, a névoa do sono se dissipando.
— Não o sou acordada? — perguntei ainda parada na cama.
Ele riu.
— Parece mais pequena quando acordada. — disse tocando a minha bochecha.
Segurei um tremor.
— Sou pequena. — é tudo oque digo.
— Mais vai crescer. — diz firme, escorrega a mão pelo corredor e pega a minha mão, segura e me olha mais um pouco, se aproxima e encosta seus lábios aos meus, os movendo devagar, nenhum de nós fecha os olhos enquanto acontece.
Melhor beija Crouch do que Moddy. Penso. A dois dias percebi que o unico motivo pelo qual ele não me machucava, me alimentava e me mantinha viva, era por acreditar em uma suposta relação de afeto entre nós, acho que começou a me idealizar como sua companheira. Ele deveria ter uns 30 a 32 anos, não dava para eu ter certeza, eu não conseguia entender como ele podia se sentir atraido por uma garota de 14. Tambem não podia ler a mente dele, era um ótimo oclumente.
Ele se afasta de mim.
— Venho buscar você. — diz e vai ao cabideiro, pega o casaco, veste e tira de la sua garrafinha. — feche os olhos.
Ele manda. Eu fecho. Fico assim por um tempo, ouço seus passos se afastarem, a porta abrir e fechar.
Abro os olhos, tudo esta vazio. Espero alguns minutos observando o mecanismo da algema no meu pulso direito, como ja fiz varias vezes, tudo o que eu sabia sobre elas é que só abriam com a chave, impossíveis de se destrancarem de outra maneira. Com a mão esquerda peguei o lençol e enfiei uma grande quantidade do pano na boca, com muito medo do que estava prestes a fazer. Me virei na cama de forma a colocar meus pés um de cada lado do meu pulso direito, prendendo a algema no lugar, fechei os olhos apertados e respirei fundo, então usei todo meu peso e força e puxei meu braço direito, gritando no pano com os olhos ardendo em lagrimas, tinquei os dentes grasnando de dor no momento em que meu pulso destendeu e minha pele sangrou se soltando a amarra mecanica. Gemi e com a mão boa limpei as lágrimas mal derramadas, levantei me recusando a olhar o estrago e pensar naquela dor lancinante.
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ℬ𝓁ℴℴ𝒹 ℬ𝓁𝒶𝒸𝓀
FanfictionDA MESMA AUTORA DE "EU NA HOGWARTS DOS MAROTOS." Elektra Evangeline Black teve uma vida solitária desde que é capaz de lembrar, a mãe, que provinha de uma família Bruxa tradicional, escondeu sua gravidez até o último segundo para deixa-la a própria...