Capítulo 6 S.T

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O QUINTO ANO CONTINUA

Eu ja tinha delatado muitos alunos até o fim da semana, quatorze para ser mais exata e todos de outras casas. Sim, eu percebi que eu podia ser corrompida mais facilmente do que nunca imaginei. Eu tinha tudo o que eu queria, só precisava apontar os erros dos outros.

Contei a meu pai sobre a inquisição clandestina, ele não demostrou surpresa e tão pouco aprovação, não teve reação para além de um olhar estreito, que vi como reprovação indiferente, com um fio de algo proximo a satisfação, mas não ela em sí.

- Pai, oque eu devia fazer? Negar-me e ter os olhos da mulher em mim. Todo o meu trabalho seria em vão, só não quero ter problemas.

- E ganhar vantagens no processo. - terminou por mim.

- Sim, confesso. Não uso de Hipocrisia para com o senhor. - digo me deitando no sofá de seu dormitório.

- Felizmente. - ele diz, a sarcasmo na voz dele. Mas não me ofendo nem um pouco.

-Verdade.

- Foi esperta com os chás da tarde. Melhor não ser alvo da reprovação daquela mulher. Porem, que não se repita nada semelhante ao ano passado. - fala ele.

- Isso eu posso prometer. - digo voltando a me senter. - tenho que ir, passei bastante tempo aqui.

- vá. - Disse simplesmente com um gesto de mão.

E eu fui, passei pela porta e a fechei. Vi Pucey ali perto, não o tinha visto mais que poucas vezes ao longe após nosso encontro acidental no povoado, Cat disse que eu devia chama-lo para sair de verdade, descobri que encontrar oportunidade para faze-lo era mais difícil do que suportar as aulas de DCAT, e isso era muito aborrecido.

Me apressei para ele, estava com um colega, tambem com vestes verdes. Parei um pouco, a alguns passos. Só voltei a andar quando ele me viu e me pareceu covarde da minha parte voltar atrás no meio do caminho já percorrido.

Eu mão respirava ao encurtar a pouco distância. Ele realmente era atraente, não era loiro, seus olhos não eram azuis ou verdes, ele não era tão visível naquela escola, mais era agradável, educado, charmoso com seus cabelos e olhos escuros, cílios grossos, labios avermelhados, marcas suaves de espinhas, ele não era perfeito, nao conheço alguem que o seja. E no entanto, me peguei pensando no encontro anterior por longos momentos, foi isso que me fez decidir que eu queria sair com ele denovo.

- Posso falar com você? - perguntei para Adrian, vi que ele inclinou um pouquinho a cabeça para o lado, com um leve sorriso, quase imperceptível.

- Vai na frente. Eu já te alcanço. - disse ao amigo, que saiu depois de um sorrisinho maldoso em nossa direção. - Bom te ver, Black. O que quer falar comigo?

Respirei fundo.

- Quero passar mais tempo com você. - vou direto ao ponto. Optando por não enrolar tanto, vendo em seguida que foi um erro da minha parte.

Ele começou a tocir esganiçadamente, batendo no próprio peito como que tentando se recuperar de um engasgo. Dei batidas suaves em suas costas, três antes de que ele voltasse a si e me afastasse suavemente.

- Você não sabe sutiu? - ele tinha dado uma risada? Tinha.

- Estranhamente, sou boa nisso - falo constrangida, percebendo que eu não sabia me aproximar afetivamente de rapazes, acho que nunca precisei me esforçar. Porcaria de hormônios, estão me deixando ridiculamente ansiosa e carente. - mais não agora.

- é. - disse ele, me olhando com os olhos castanhos profundos. - quer mesmo passar mais tempo comigo?

Acho que fiquei vermelha de vergonha, em minha cabeça eu xingava meus hormônios dos piores palavrões que eu conhecia.

- Sim, gostei da sua companhia em Hogsmead. - respondo já me explicando.

- Mesmo comigo a puxando por todo o povoado? Pensei que tinha ficado assustada ou algo assim.

- Na verdade não. - digo.

- então tudo bem, vamos passar um tempo juntos. - ele faz uma pausa pensando em alguma coisa. Ainda achando graça da situação - podemos tomar o café da manhã juntos, todos os dias. Está bom para você?

Ele esta brincando, mas não precisa saber que eu sei disso.

Finjo pensar um pouco, entro na sua brincadeira, só que do meu jeito. Estou um tanto irritada por ele não ter me levado a sério.

- Perfeito. Que horas? - perguntei.

Ele fica incrédulo, mas disfarça bem, só o que o entrega é um leve tremor nos cílios e os olhos um pouco mais abertos que o normal. Agora ele percebeu que estou falando sério e parece desconfortável, muda o peso de um pé para o outro.

- Eu treino cedo, depois de comer. Pode ser sete e dez. - ele diz por fim.

- Legal.

- Você é engraçada. - Comenta ele mexendo na manga de sua veste.

Fico emburrada e reviro os olhos.

- até amanhã. - digo antes de fazer meu caminho até o salão.

Denunciei dois alunos que vi tomando vomitilhas para poder faltarem nas aulas. Aquelas coisas estavam por todo o lado, claro que eu sabia os responsáveis, porem eu não queria regredir na relação com a minha prima, então só delatei quem conprava.

Notei que muitas pessoas estavam se dirigindo para a mesma direção. Fui atrás, até o patio com os outros alunos.

Vi o motivo do alvoroço. Umbridge demitiu a professora de adivinhação e estava expulsando-a da escola, promovendo um show para os alunos. Sibila se debulhava de chorar levando sua grande mala de rodas se arrastando pelo chão de pedra.

Então Alvo Dumbleodore surgiu no meio de nós, abrindo caminho entre os estudantes para chegar ao centro de tudo. Deu uns passos para o lado para deixar ele passar, ele parecia um furacão, nunca pensei que veria o diretor tão puto como ele estava.

Ele bateu de frente com Dolores e disse que apesar de poder demitir funcionários, ela não tinha autoridade para banir eles do território escolar. Ela deu uma risadinha deboxada e disse um audível ainda. Dando a entender que era apenas questão de tempo,então se virou e saiu, os saltinhos fazendo clekclek no Chão.

Dumbleodore olhando para gente gritou, por que falar alto seria uma maneira educada de dizer.

- OQUE ESTÃO FAZENDO AQUI AINDA? VOLTEM PARA SUAS ATIVIDADES!

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