Acordei com vozes, estava em um quarto de paredes escuras, mobiliado e iluminado apenas pelas velas do lustre e dos candelabros nas paredes. A cama era rígida mais não desconfortável, era como a rigidez de um colchão usado raras vezes, o que explicaria o cheiro de abafado do lugar, junto ao fato de eu não estar vendo janela alguma.Estava viva e bem, apenas com uma dor de cabeça razoável. Me sentei devagar e esfreguei meus olhos com a costa da mão direita, para afastar o último resíduo de sonolência e olhei para onde tinha ouvido as vozes,que tinham silenciado com o meu movimento.
Três pessoas, reconheci duas delas imediatamente. Narcisa com seu cabelo escuro de mechas loiras, e Voldemort. Não dava para confundir a lagartixa.
Caralho. Como isso aconteceu? Era um sonho?
Recordo os eventos que ocorreram antes de eu apagar, e sou obrigada a considerar que aquilo realmente pode não ser fruto da minha imaginação. Observo a terceira pessoa, uma mulher, alta e palida, cabelos negros, cacheados e volumosos, um olhar com um fundo de loucura, Belatrix Lestrange. Tinha quase certeza. A semelhança com Narcisa e eu era muita, embora Regina devesse ter puxado ao pai.
Nem me dei o trabalho de procurar minha varinha, a "perdia" com tanta facilidade que era uma surpresa que eu fosse bruxa. Tambem já tinha tido de trocar de varinha tantas vezes que ficava tentada a pedir um cartão preferêncial na Olivares toda vez que eu passava por lá.
Afastei as cobertas, pronta para fazer o for preciso para sobreviver,já tinha pensado no que fazer caso algo assim acontecesse, mas na realidade tudo era mais assustador. E ter sangue frio é sempre mais difícil do que fazem parecer.
Sai da cama sem movimentos bruscos, me ajoelhei na frente de Voldemort_ que estava em pé,na frente das duas bruxas._ como se fosse a coisa mais normal. Pela minha experiência, "submissão" da mais certo que "revolta" , porque se for para me matar, ganho mais chances que o seja de forma rápida, então danisse se acredito ou não no que estou fazendo.
— Milorde. — falei olhando para o chão sem expressão nenhuma.
Ouvi sua risada. Tenebrosa é uma descrição amena demais para aquele ruido escabroso e desafinado.
— Parece mais mansa do que é, srt. Black. — a voz era nasalar demais para quem não tinha nariz.
Puta merda, se eu não fosse boa oclumente meus restos mortais ja se encontrariam sobre o carpete horroso, para o qual eu olhava no momento.
— Quem te mandou fugir, menina?!— o tom de voz mudou para algo mais cru e arisco. Tinha que tomar cuidado.
Esvaziei minha mente e coloquei outra imagem ali, enfraqueci um pouco meu oclumente para que ele pegasse a idéia falsa, então comecei a criar uma camada raza de pensamentos para que se minha oclumencia , ele não a tivesse acesso a pensamentos reais, era um exercício que eu fazia desde muito nova, tive medo que não fucionasse. E como não olhava para Voldemort, não tinha como ter certeza.
— Meu Elfo, Milord. — falei. Meus joelhos doloridos pelo áspero tapete sob a pele sensivel das minhas pernas, eu ainda vestia o mesmo vestido do casamento, o tom claro e pacífico da pessa tinha um contraste gritante com toda a cena.
Eu torncia com todas as minhas forças para que Monstro escapasse de sua ira.
— E você ouviu um elfo inútil? —questionou ele, a voz no mesmo timbre de sua primeira afirmação, algo com um fundo inexpressivo.
— Tenho medo de morrer. — respondi.
Elektra Evangeline Black_ouvi na minha cabeça, tive um leve sobressalto antes de perceber que ainda estava com o colar de Aqua. Porem, nesse momento eu não tinha a mais remota intenção de responder, eu podia ser muitas coisas, burra não era uma delas.
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ℬ𝓁ℴℴ𝒹 ℬ𝓁𝒶𝒸𝓀
FanfictionDA MESMA AUTORA DE "EU NA HOGWARTS DOS MAROTOS." Elektra Evangeline Black teve uma vida solitária desde que é capaz de lembrar, a mãe, que provinha de uma família Bruxa tradicional, escondeu sua gravidez até o último segundo para deixa-la a própria...