Capítulo 22

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Fiquei tão focada na maratona de Crepúsculo que esqueci de postar kkkk mas aí está. Boa leitura ♥

Sem Revisão *

Danielle

Lukas não quis conversar com Amy, eu não sabia o que dizer. Em seu rosto eu vi decepção, possivelmente na cabeça dela seria uma conversa simples, mas eu sabia que não era.

Segurei no braço de Lukas e o levei para a primeira porta que achei, um escritório com mobília escura. Deixo que ele fique calmo, toda a situação exigia calma.

— O que essa garota quer? Dinheiro?

Cruzo os braços e sento na poltrona macia.

— Você reconhece ela? — pergunto.

Ele para de se mover, os ombros tensos quando se vira para mim. Lukas desvia os olhos suspirando fundo.

— Você conhece ela. — afirmo.

— Sim, eu lembro dela. Um caso passageiro de uma noite. Foi só isso!

— Caso passageiro que teve um resultado, uma gravidez.

Ouço uma risada e olho incrédula para ele.

— Você só pode estar brincando, eu usei camisinha, assim como em todas as outras vezes.
Levanto e vou até ele, seguro em seus ombros e olho firme em seus olhos.

— Acha mesmo que essa garota iria por tudo a perder por causa de uma mentira? Ela foi expulsa de casa, e depois estuprada. Sabe o porquê? Porque ela estava atrás do pai do filho dela, um cara que ela nem sabia que poderia aceitá-la, mas ela veio.

Lukas se afasta e passa as mãos pelos cabelos.

— Você pode esperar algumas semanas para pedir um exame de DNA. Tenho certeza que Amy vai concordar.

— Preciso conversar com ela. Eu...

— Não seja grosseiro, ela já sofreu demais.

Ele olhou uma última vez e saiu. Fiquei tentada a ir atrás, porém não seria bom interfirir. Mas não significa que não posso ouvir detrás da porta.

***

Lukas

Quando entro no quarto, Amy me olha surpresa. O rosto machucado, assim como os braços expostos. Quando a vi na festa foi um desejo louco, uma beleza angelical, mas na cama a garota se mostrou uma devassa. Como em todas as outras vezes, eu sai antes que ela acordasse, foi uma foda boa, e meu lema era sem sentimentos envolvidos. E agora surge esse problema.

— Como deixou isso acontecer?

Ela se afunda mais ainda na cama, como se fosse possível tal ato. Coloco as mãos nos bolsos e ando pelo quarto. Paro de frente a enorme janela.

— Eu não vou machucá-la, se essa é sua preocupação. Preciso de respostas Amy, sei que esse filho é meu...

— Nosso... ele é nosso. A única coisa que preciso de você é um apoio por um tempo, até eu conseguir um emprego e um lar.

— Não vai demorar muito até que a mídia saiba que terei um herdeiro, e meus inimigos terão a oportunidade perfeita de me atingir. Então viverá sob o meu teto, até ele ou ela nascer.

Amy acena. Caminho lentamente até ela, seus olhos arregalando conforme vou me aproximando. De perto eu noto os hematomas, porra.

— Quem fez isso?

— Ele já está morto. — diz. Não passa despercebido o leve tremor em seu corpo.

— Eu não sei que tipo de relação teremos, mas não interfira na minha vida, prometo não fazer o mesmo. Não saia sem avisar, não traga estranhos para cá, qualquer dor ou desejo que sentir me comunique. Não sou um monstro Amy, então não faça nada para me deixar virar um.

Aceno para ela, e recebo um de volta. Olho para a porta e sorrio.

— Danielle?

Ouço alguns xingamentos e a porta se abre. Ergo uma sobrancelha para ela, Danielle dá de ombros.

— Providencie alguém de segurança para todos os exames que uma gravidez necessite.

— Pode deixar, Lukas.

Saí do quarto com a mente à todo vapor. Eu seria pai. Puta merda. Algo que nunca imaginei na minha vida, Becca era nossa princesa e no meu pensamento seria a única. Daryl acho que o pau sumiu pelo não uso, e Ansel disse que não teria mais filhos. Agora estou aqui, já ansioso para conhecer meu herdeiro, ou herdeira.

Meu celular vibrou e tirei o aparelho do bolso. Deixei um pequeno sorriso surgir em meus lábios. Hora de jogar.

***

Desconhecido

O som das ondas batendo contra as rochas era um alívio para o homem encapuzado. As mãos ansiosas por contato. Havia muito tempo desde que tocou alguém, vivia em um porão abandonado, planejando a grande tacada final. Todo o ódio contido, a vontade de fazer vingança contra aquele que o fez tanto mal.

Olhou para o céu claro. Não poderia ficar ali por muito tempo. Seguiu por uma rua estreita depois da praia. Os cães latiram, as crianças olharam horrorizadas, mães e pais fecharam a portas.

O sorriso de escárnio era inevitável. Conformou-se com a sociedade preconceituosa.

Ao entrar no porão, fechou as trancas digitais de última geração e acendeu as luzes. O grande painel cheio de fotos e marcações, era ali que tudo começava e terminaria.

Mais uma foto foi colocada no painel, era a nova garota, os machucados só deixaram a diversão mais impressionante.

Soltou uma respiração funda. A corda vermelha unindo a nova fotografia as antigas.

Era uma teia, e não faltaria muito tempo para que tudo caísse.

Seria uma troca, vidas por vidas.

Até o fim.

Vote e comente ♥ bjs e até o próximo

Ansel - Trilogia Sombras da Noite #1 ✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora