1986

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Eu não acreditei noque vi.

Eu não achei o resto de seu corpo. Mas ali estava.

Uma coleira. A coleira era azul, com bolinhas brancas e havia um pequeno emblema dourado meio enferrujado pendurado na coleira.

No lado da coleira, havia uma orelha.

Mas não era uma orelha humana, era de um animal.

Um cachorro.

Havia unhas cortadas, de cachorro também, e um líquido branco e pegajoso.

Eu fui ler oquê estava escrito no emblema.

"Black"

Eu não sabia se chorava, se vomitava, se gritava...

...

...

...

...

...

Black.

Black, o cachorro.

Black, o mesmo cachorro...


que eu ganhei no meu aniversário de 14 anos.

Ali era oquê restava do meu cachorro de 6 anos de idade.

Ali era oquê restava dele, e sua coisa preferida.

Sua coleira.

Eu comecei a chorar.

Minha visão ficava cada vez mais embaçada.

A cada segundo que passava, a minha visão ficava cada vez pior.

Depois de alguns minutos ali, eu me levantei, ainda com lágrimas nos meus olhos.

Andando mais pra frente, eu vi.

Eu vi o seu brinquedo preferido.






O seu macaco de pelúcia, com um buraco feito a mão num lugar peculiar.






Eu não acreditei no que vi.

Chupa-Cu  -  Goianinha EditionOnde histórias criam vida. Descubra agora