Routine

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E lá estava eu, a mãe mais boba por causa do bebê. Sim! Eu estava á uns bons dias dormindo muito mal desde quando me deram alta do hospital, com medo do João morrer dormindo ou cair do berço, e olha que nem tem como isso acontecer.

Mãe de primeira viagem sempre terá paranóias sem motivo algum.

- Você não acha que precisa dormir, amor? - Eu ainda não estou preparada para ouvi-lo me chamar por apelidos carinhosos. - O bebê não vai morrer.

- Mas eu tenho medo, Gabe - Eu disse roendo as unhas. - Ele é tão pituquinho.

- Pequeno ele é, mas isso não significa que ele vai morrer, Sofi. - Ele acariciou meu rosto. - Pode dormir, eu fico vendo ele.

- Serio? - Ele afirmou com a cabeça. - Obrigada amor. - Dou um selinho nele e viro, não demorando muito para adormecer.

A partir de agora, eu e Gabriel chegamos a um consenso de que devemos planejar mais as nossas vidas. Um de nossos planos é comprar nossa própria casa, ter nosso cantinho de fato.
Ando guardando dinheiro á um bom tempo, então, já era hora de colocar em pratica. Nossa vida ja era outra. Gabe é um excelente pai e o mesmo faz questão de estar em todos os momentos do bebê.

Os campeonatos só começariam daqui alguns meses, tempo o suficiente para nos organizar. Só haveria uma única etapa do circuito daqui alguns dias, mas seria no Brasil mesmo.
Há alguns dias em que nós visitamos algumas casas e ele está tão empenhado em proporcionar para a nossa família o melhor que existe da vida.
Ele ja estava pensando em todos os detalhes, até no quartinho do João.

Acordo com o som de choro do João e trato logo de levantar e ver o neném. Gabriel já não estava mais na cama.

- O que foi Jô? - Pergunto e ele vai parando de chorar aos poucos. - Tá com fome? - Dou um beijinho no seu nariz.

Aos poucos você, como mãe, acaba entendendo o motivo de cada choro do seu bebê. De imediato, eu dou meu peito para o João se alimentar. Com ele no colo, enquanto toma o seu "mamá", eu canto uma musica e balanço o pequeno que está olhando fixamente para os meus olhos.

- Faz tempo que você não canta. - Gabriel entra no quarto.

- Bom dia, amor. - Sorrio para ele e o mesmo retribui com um selinho.

- Fiz café pra gente, quando o Jô terminar ai, eu fico com ele e você pode ir tomar seu café tranquila. - Ele beija o topo da cabeça do bebê que está nos meus braços.

- Você sabia que tu é o melhor pai que o Jô poderia ter? - Eu digo e o mesmo me beija novamente.

O João estava prestes a começar chorar de novo e eu volto a cantar para ele, o mesmo para na mesma hora.

- Acho que ele gosta da minha voz. - Sorrio.

- Quem não gosta? - Gabe perguntou.

Assim que o bebê terminou a sua refeição, entrego-o para o Gabe e vou até a cozinha para tomar meu café da manhã.

For the love • Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora