L U A L (part 2.)

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20:00 horas da noite

Já haviam chegado todos que nós convidamos. Esperei um pouco para começar a beber. Aproveitei para fazer amizade com algumas pessoas, já que eu tinha perdido minha melhor amiga para aquele zé mané do Ney.

[...]

Já perdi a conta de quantas doses de tequila bebi nesta noite. Quando percebi que tudo estava girando, decidi parar e comecei a beber cerveja.

— Agora tá na hora da gente colocar o plano em ação. — Cochichou Bruna no meu ouvido.

— É agora mesmo? — Perguntei, ela balançou a cabeça afirmando. — Ah, então eu já vou colocar um chicletinho. — Rimos.

— Você não presta, né loirinha. — Disse Ney.

— Agora ele sabe? Não sabia que podia ter compartilhado o plano. — Perguntei.

— É o meu namorado e o melhor amigo dele, ele é uma peça chave para nos ajudar. — Disse Bruna.

— Fica suave aí, doidinha, eu não vou falar nada pra ele. — Disse Ney.

— E qual é o teu plano? — Perguntei.

— Uma brincadeirinha bem clichê, mas vai dar certo. Sempre dá. — Ela fez uma pausa. — Só que você tem que estar ciente de que vão acontecer coisas que talvez você não queira que aconteça, até porque não tem como a gente avisar todo mundo da festa desse nosso plano. — Disse Bru.

— Tudo bem, se ele beijar uma garota antes de mim, aí eu quero beijar um garoto antes dele também, porque eu não sou obrigada. — Disse eu e rimos.

— Maluca demais. — Disse Ney.

— Aê, gente, essa festa tá meio parada e eu proponho uma brincadeira. Eu sei que já somos adultos e tal, mas é só pra vocês se soltarem um pouco. — Gritou Bruna para todos ouvirem.

— Isso aí, um verdade ou desafio tá suave pra vocês? Aqueles que não quiserem, podem sair da roda. — Alguns casais não participaram, mas Ney e Bru estavam no meio, deixando claro que podia ser qualquer coisa, exceto coisas que comprometam o relacionamento deles.

O jogo havia começado, mas a garrafa não caiu em mim e muito menos no Gabriel.

— Tá de sacanagem, tô aqui já a cota e não caiu em mim! — Gritei, fingindo estar brava, e todos riram. Mas, assim que disse isso, a garrafa caiu em Medina e numa loira bem bonita. O surfista pediu desafio e a menina o desafiou a beijá-la. Ousadia.

Passaram-se algumas rodadas e a garrafa finalmente caiu em mim e na Bruna, que me desafiou a beijar um garoto bem gatinho, e é claro que fiz, sem contestar.

Na próxima rodada, a garrafa parou no Ney e no Gabriel. Os dois riram e o surfista piscou para o amigo. Já deviam ter algum plano.

— Sua chance, meu amor. — Cochichou Bru.

O Gabriel pediu desafio.

— Eu desafio... — Fez suspense. — Você. — Apontou para o amigo. — Passar uma noite com a pessoa que você mais quer pegar da roda. — Disse Ney com uma cara de safado.

— Nossa, mas assim na cara? — Disse o surfista rindo.

— Na lata, meu irmãozinho. — Disse Ney com um tom de voz desafiador.

Ele ficou com vergonha no mesmo momento.

— Não vai ter graça, ela tá dormindo na minha casa. — Disse Gabriel, olhando para mim.

— Você não sabe, meu amigo... — Disse Bruna.

Acredito que o surfista estava tentando criar coragem para me puxar e sair dali comigo.

— Vem, Sofi. — Disse ele, se levantando e pegando minha mão para me ajudar a levantar.

— Nossa, de repente? Não tem uma cantada ou sei lá? — Disse eu, zoando o surfista.

— Para de fogo, garota, vai estragar tudo mesmo? — Disse Bruna e nós rimos.

Todos saem da roda e vão curtir o resto da festa. Havia parado de beber, assim como Gabriel.

Começou a tocar uns funks e não tinha como ficar parada, tive que dançar. Eu rebolava e olhava para Gabriel, que estava se divertindo muito com aquilo. Ele me olhava com uma cara de safado e, no mesmo segundo, saiu do lugar e apareceu atrás de mim.

— O que você acha de sair daqui? — Cochichou Medina no meu ouvido.

— Não se empolga muito, surfista. — Disse eu e ele revirou os olhos. — Mas bem que é uma boa ideia.

— Você não foge de mim hoje, loira. — Disse o surfista e me puxou até o quarto dele.

— E quem disse que eu vou fugir, gatinho? — Disse eu, assim que chegamos no quarto.

— Porra. — Disse ele.

— O que foi? — Perguntei.

— Você é muito linda. — Disse ele e avançou para me beijar, e eu não recusei.

O nosso beijo se encaixou perfeitamente. Eu sabia que a gente já havia se beijado uma vez, mas nada se compara ao beijo que ele me deu agora.

Ele me beijou desesperadamente, mas com o tempo, foi diminuindo o ritmo. O surfista me pegou no colo e colocou meu corpo na cama com a maior calma do mundo. Eu virei e fiquei por cima dele, rebolando no seu amiguinho enquanto o beijava.

— Caralho, assim você me deixa louco. — Disse ele baixinho no meu ouvido, já tentando tirar minha roupa.

Ele começou a beijar meu pescoço e eu fiquei super arrepiada.

— Vai com calma, surfista, isso é o máximo que você vai conseguir, gatinho. — Disse eu baixinho.

— Ah, qual é, loira? — Disse ele indignado.

— Sou difícil, meu anjo. — Selei nossos lábios. — E outra, você tá bêbado. — Ele bufou.

— Vou tomar um banho pra sair o ar da bebida. — Disse ele, se levantando e indo em direção ao banheiro.

— Quer uma ajuda? — Ri e ele se virou e veio até onde eu estava sentada na cama.

— Você não me provoca, loira... — Rimos e nos beijamos de novo.

[...]

Depois de cada um ter tomado um banho, Medina me emprestou uma camisa dele. Após isso, conversamos um pouco e depois, nos beijamos e dormimos abraçados a noite toda.

For the love • Gabriel MedinaOnde histórias criam vida. Descubra agora