Dezenove

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| Este capítulo havia sido postado antes, contudo, eu me esqueci de um grande detalhe e precisei concertar. Enfim, leiam.|

Joseph estava surrado após o treino daquela tarde. Todo o seu corpo eatava dolorido, alguns hematomas espalhados pelo corpo, mas isso não se comparava com as musculares.

Após sair do Santa Mônica fora direto para casa. Cumprimentou a avó com um beijo na testa e tomou outro banho. Olhou-se no espelho para ajeitar a gola da camisa vinho escuro, também preocupou-se com a boa dose de perfume.

Contudo, ao notar que começava a se preocupar demais com a forma que estaria apenas para estudar filosofia com Megan ou algo do tipo, balançou a cabeça repetidas vezes e fechou o rosto. Tão logo descia as escadas o carro deslizava em direção ao lado oposto da cidade. Estava um pouco entediando quando decidiu ligar o rádio, preferiu a parte mais limpa e sem trânsito. A gigantesca praia se estendeu, todo aquele mundo de água não muito distante de Joe fez seu estômago se revirar.

Acelerou um pouco mais até estar imerso entre os prédios e o caos das ruas à dentro. Mordeu o lábio inferior quando já estava próximo de estacionar em frente a casa da ruiva.

Era estranho pra cacete estar ali. Havia repensado o seu ato de convida-la para sua casa e isso, de algum modo, era o mais próximo que chegara do íntimo com alguém. Mesmo que nunca fosse admitir em voz alta, claro.

Mas estar ali? também significava isso? Poderia gerar algum vínculo com os pais ou família da garota e isso com certeza era a última coisa que ele desejava naquele momento.

O coração de Megan era suficiente.

Respirou fundo antes de deslizar pelo banco e tocar o chão com os pés. Passou pelo pequeno portão, depois, subiu pela varanda que antecedia a porta. Apertou a campainha. Não levou muito tempo até que a porta fosse aberta, revelando uma Megan sorridente e com os longos cabelos soltos.

— Olá, Joe!

— Hey, Meg. — inclinou-se para abraça-la, esta que correspondeu alguns segundos depois.

Quando se separaram Joe poderia jurar ter visto uma sombra rubra em suas bochechas, mas o balançar de sua cabeça e o momento em que abriu passagem para o garoto de pele negra impossibilitou esta confirmação. Ele assentiu com um sorriso curto nos lábios, não adentrou a casa como se realmente devesse estar ali, deu apenas dois passos para frente.

Ele sequer saberia explicar o motivo do ar estar denso e seus ombros estarem encolhidos. Ela o olhou com o cerro franzido após fechar a porta atrás de si.

— À vontade, Joe — seus lábios se repuxaram num pequeno riso.

O olhar do garoto ficara congelado nos lábios de Meg quando ouvira alguém chamar por ela. Era uma voz fina e, com toda certeza, infantil.

— Barry? — Ela desviou o olhar de Joe. O irmão apareceu aos poucos na sala, os olhinhos desconfiados e confusos. — este é meu irmão, Joe. Hey, baby Barry, diga olá para o Joseph.

Barry o analisou por completo e absurdamente, Joe estava desconfortável sob o olhar inquisidor daquela criatura que mal chegava aos seus joelhos. Barry fez um bico, os bracinhos finos se cruzando.

— Hun — fora tudo o que ele emitiu. Cerrou os olhinhos azulados e deu as costas, tão logo sumia do campo de visão de ambos.

— Uau — Joe estava estático. Virou-se para ela, apenas para constatar que a garota prendia o riso — ele com certeza não gostou de mim.

Megan não conseguiu segurar e enfim permitiu que uma gargalhada longa e sonora escapasse.

— Ele apenas não te conhece.

Petricor| RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora