Uma tradição, três amigos.
Logan, Ryan e Joseph, amigos desde a infância, aprenderam desde cedo com seus pais que sentir não é algo relevante. Os três garotos deviam cumprir a tradição vinda de seus avós, esta que consistia em quebrar exatamente tr...
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Os meus lábios estavam entreabertos. Quando o vídeo chegou ao fim o banheiro se tornou silencioso.
Eu sentia nojo. Repulsa. A forma com que Logan se referiu a Tóquio com certeza é a coisa mais repugnante sobre ele, mas isso realmente não se sobressai ao mais velho.
Elliot Marshall é o quase idoso que eu deitaria no soco e culparia o meu signo depois.
Meu coração se encolheu primeiramente por Tóquio, não é preciso estar apaixonado por alguém para se afetar com palavras como aquelas, e ela havia ouvido tudo ao vivo. Minha expressão caiu, meus ombros se encolheram e então eu estava a abraçando.
— Eu sinto muito que você tenha ouvido tudo isso. Esses filhos da puta são podres — apertei-a.
— Obrigada, Aggy — ouvi um riso baixo.
A loira quebrou o abraço, estávamos de frente uma para a outra. Mordi o lábio com alguma força. É claro que havia algo de muito ruim por trás da aproximação de Ryan ou de sua constante insistência para estar comigo.
— A ficha está caindo aos poucos. Eu sempre desconfiei destes garotos, mas apostar corações é uma coisa doentia. Eles podem ter fodido o psicológico de alguém, Tóquio!
— Isso provavelmente aconteceu. A primeira pessoa em quem pensei foi Freya, e seu aviso sobre me manter longe de Logan.
Minha cabeça balançou-se em negação algumas vezes, virei-me e minhas costas estavam apoiadas na parede. Olhava para nenhum ponto específico na porta de uma das cabines.
Você parece um troféu com essa blusa.
É claro que eu parecia um troféu com aquela blusa. Porra, eu pareceria um troféu com qualquer outra! Até porque, para Ryan Flynn, eu não era mais do que isso: um troféu.
Bufei. Eu estava com raiva, sobretudo, do desconforto que crescia a cada lembrança de todas as vezes que Ryan atirou alguma gracinha para mim ou tentou se aproximar o bastante. Um desconforto, um fodido desconforto que eu jamais admitiria em voz alta, mas que trouxe um sabor agridoce aos meus lábios.
— O que faremos quanto a Megan? — a loira me tirou de meus devaneios. A fitei brevemente antes de voltar o olhar para o nada.
— Nós precisamos avisa-la. O quanto antes melhor. A Megan... ela não é idiota, não é isso, mas é inocente. Então ela realmente acredita que foi coincidência Joe entrar naquela aula ridícula nos últimos meses de aula ou ser sua dupla num trabalho ainda mais ridículo. Ela não vê maldade, e isso é ruim.
