As garotas decidiram que se encontrariam na casa da Ágata. Tóquio pegaria Megan e depois as duas iriam até a casa da amiga.E foi exatamente o que ela fez. Megan sabia que sua mãe não compraria mais suas desculpas de dormir na casa de suas amigas, então quando as luzes se apagaram e seus pais dormiram, ela deslizou sorrateiramente pela sala.
Havia culpa quando fechou a porta, mas isso se dissipou no mesmo instante. Eles também tem segredos, ecoava por sua mente naquele momento e em todas as vezes, a casa estava silenciosa demais, bem diferente de como estava acostumada.
Abraçou a loira e sorriu para ela.
Tóquio estava linda. Usava uma blusa preta de alças finas que terminava no meio de seu abdômen. Quando o cropped acabava havia um detalhe que tornava a sua pele exposta ainda mais chamativa: um pedaço de tecido no formato retangular, ele que não tinha a função de cobrir coisa alguma, mas era agradável aos olhos, deixando um vão de pele entre a tira e o cropped. Usava uma calça jeans de lavagem clara e um tênis escuro.
Em casa, Ágata estava em dúvida do que iria usar. Ainda estava extremamente brava por mais cedo, também completamente confusa pelo mesmo motivo. Joe havia perdido alguém. Isso era uma certeza.
Ele estava vulnerável, e isso é a última coisa que ela esperava ver naquele dia.
Não que ele não pudesse, isso é humano e completamente compreensível, mas Joe não parecia entender isso.
Depois de desligar o celular, após convidar suas amigas, ela voltou até a cozinha e sua mãe não estava lá. Sentiu uma energia pesada pela casa enquanto procurava por ela. A encontrou em seu quarto, sentada na cama olhando para o nada.
— Você está bem? — quis saber.
Ela disse que sim, apenas que sua cabeça doía muito. Ágata foi até a cozinha mais uma vez, mas desta para buscar água e um remédio para Marta. Depois, sua mãe pediu para ficar só, algo parecia lhe incomodar mas a filha respeitou ao seu pedido.
Em seu quarto, Ágata se livrou das tranças. Seus fios estavam rebeldes e soltos, um pouco afetados pelo aperto que as tranças traziam mas nada que algum cuidado especial não resolvesse.
Tinha se livrado também do colorido, agora ele estava completamente preto.
Já passava das dez quando Ágata ouviu o carro parar lá fora, correndo para a porta antes que as garotas pudessem tocar a campainha e acordar a sua mãe, adormecida no quarto após tomar o remédio.
— Vocês chegaram. — sorriu para elas — Vamos subir — sussurrou, colocando o dedo na boca pedindo silêncio.
Elas subiram as escadas com risos abafados. Já estavam animadas, mesmo que em total consciência que a ideia era uma estupidez enorme.
Ágata fechou a porta do quarto com cuidado, e só então pode reparar em suas amigas.
— Me sinto um patinho feio. — Megan fez careta, rindo nasalado em seguida.
— Você parece uma princesa. — Tóquio disse, já estava sentando-se na cama.
Ágata sentou-se no banco da penteadeira, de pernas cruzadas. Analisou Megan de cima a baixo.
Ela usava um conjuntinho branco. Era composto por um body liso, uma saia com forro e um tecido fino como uma segunda camada. Tinha uma fenda na perna, não chegava nem mesmo em suas coxas e não seria visto sem bastante atenção.
Ao contrário de Tóquio e Ágata, ela parecia um anjo. Aggy usava um moletom curto de veludo, sua cor era de um vermelho sangue, exatamente a cor da calça cargo de mesmo tecido. Sua barriga ficava a mostra, ela sorriu satisfeita quando finalmente decidiu-se sobre o que vestiria. Nos pés, um pequeno salto preto.
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Petricor| RETA FINAL
Novela JuvenilUma tradição, três amigos. Logan, Ryan e Joseph, amigos desde a infância, aprenderam desde cedo com seus pais que sentir não é algo relevante. Os três garotos deviam cumprir a tradição vinda de seus avós, esta que consistia em quebrar exatamente tr...