cinquenta e cinco

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 Ágata Dummont estava alheia a tudo o que acontecia lá fora. Joseph e Logan não estavam em lugar nenhum, então o Flynn, o único consciente entre eles, precisava encontrá-los. Ryan sugeriu que ela ficasse com Megan e Tóquio enquanto ele fazia isso, mas a palpável preocupação do loiro a fez se oferecer para ajudá-lo. 

— Você não precisa fazer isso — ele a avisou enquanto fazia carinho em movimentos circulares nos braços da garota.

— Tudo bem, Ryan. Procura o Logan, eu tento encontrar o Joseph. Assim é mais rápido.

O Flynn fitou o rosto de sua garota por alguns instantes. Ryan não queria colocá-la numa situação desagradável, mas não podia negar que realmente precisava de alguma ajuda. Relutante, ele aceitou com um breve aceno de cabeça e um erguer simples dos seus lábios.

— Ok. — ele juntou suas bocas por alguns instantes — Eu já volto — avisou ao se afastar dela, olhando-a nos olhos.

Ágata concordou, e rapidamente cada um tomou um rumo. A garota primeiro foi até a sala, procurando onde eles estavam sentados antes de sumirem. Talvez Joe tivesse voltado de onde quer que tinha ido. Infelizmente isso não aconteceu. Ela varreu a pista de dança improvisada com os olhos, mas não o encontrou também. A garota se esfor;ou para andar entre os corpos suados de uma ponta a outra, por cerca de cinco minutos, mas foi uma busca sem sucesso.

Ágata decidiu procurar primeiro nos cômodos do primeiro andar, aquele em que estava, forçando o seu corpo a passar pelo espaço minúsculo que sobrava entre a quantidade exorbitante de pessoas para aqueles míseros metros quadrados. Ela se moveu até um corredor, e a primeira porta que abriu certamente era o escritório do dono daquela casa. Tinha uma mesa de madeira maciça com incontáveis papéis espalhados na superfície e uma imponente poltrona marrom atrás, estantes com livros, decoração chata e duas pessoas se pegando à direita. Ao perceber os dois corpos se engolindo e ouvir os ruídos íntimos que soavam por aquela sala, ela fechou a porta imediatamente. A garota balançou a cabeça em negativa, o seu coração batia um pouco mais forte e o seu rosto se contorceu em uam careta. A garota balançou a cabeça em negativa e retrocedeu seus passos. Seus olhos fisgaram uma luz no fim do corredor, um feiche saindo de uma fresta, iluminando precariamente uma porta. A menina quase conseguiu ver duas pessoas se engolindo exatamente como as que estavam no escritório, porque qualquer que fosse o lugar que existisse atrás daquela porta no fim do corredor, certamente era perfeito para isso.

E ela não estava procurando por pessoas em suas intimidades. Ela só queria encontrar Joseph. Por isso, Ágata decidiu não abrir aquela porta e abandonar aquele corredor.

 Ela foi em pelo menos mais cinco cômodos antes de sentir aquela maldita necessidade de usar o banheiro. Mas ela também precisava procurar por Joseph. A garota decidiu que poderia fazer os dois, já que o banheiro social de baixo estava fora de questão pela fila quilométrica, ela subiria e encontraria algum lá em cima. Com sorte também poderia encontrar Joseph. O banheiro seria apenas uma pequena parada.

Aggy subiu sozinha pela escada, desviando as vezes de algumas pessoas perdidas nos degraus, até que alcançou o corredor na parte superior. Ela seguiu em frente, a música já não era tão alta quanto no andar de baixo, mas estava longe de um volume aceitável ou que não infringisse pelo menos dez leis diferentes. Ela abriu algumas portas procurando pelo banheiro ou Joseph, o que viesse estava bom. Ela encontrou o banheiro primeiro, e foi inevitável o suspiro contente que saiu da sua boca.

Ela entrou no cômodo apressada, sentou-se no merecido vaso e se aliviou. Ágata concordou silenciosamente que o álcool, antes de te matar, ele te humilha. E ela nem sabia desde quando realmente bebia daquela forma. De qualquer jeito, Ágata terminou e lavou as mãos antes de sair. A porta já estava aberta, mas por assumir que estava sozinha, parou para conferir o próprio rosto no espelho.

Petricor| RETA FINALOnde histórias criam vida. Descubra agora