[ESPEREI POR ELA]

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- Tenho dó desta garotinha. - ela meche nas unhas.

Sei o que ela quer dizer. A entendo. Shivani não merecia crescer com um tipo de pessoa como eu.

- Mas tudo bem. Ás vezes é mais fácil encontrar algo mais fácil para fazer do que correr atrás de algo justo, não é?

- Isto não é da sua conta.

- Tem razão. A conta é totalmente sua, e você que a pagará quando ela for como você.

Cerro minha mandíbula. Qual é a porra do problema desta garota?

- Você não sabe de nada.

- Ah, e há algo a mais para saber?

Respiro fundo.

- Qual é a porra do seu problema?

- O problema é que um assaltante está na frente da minha porta.

A empurro contra a parede, sentindo o baque do seu corpo na parede, refletir no meu, fazendo nossas barrigas se encostarem.

Ela não estava assustada, de novo.

- Agora é agressor também?

Soco a parede ao seu lado.

Ela acompanha lentamente meus movimentos, com um sorriso no rosto.

- O que caralhos tem de errado com você?!

- Essa pergunta não deveria ser feita para mim!

Vê? Bruta.

Ela me empurra.

A tal Sina tenta voltar para dentro de casa, mas a puxo novamente. Sei que me exaltei, okay?

- Me desculpe.

- Você é um cretino, porra.

Ela entra em sua casa, batendo a porta.

Coço meu cabelo, ainda um pouco frustrado e surpreso com tudo que acabava de acontecer.

Isso foi uma loucura.

Assim que abro a porta de casa, encontro Lamar segurando Shivani em seu colo, tapando sua orelha.

A cama rangia. E o barulho era alto.

- O que...

- Não sei como não acordaram a mamãe. Seus cochilos tardais são os mais leves. - Lamar me interrompe.

Shivani tentava morder Lamar, para que ele a soltasse. Então a tiro dos seus braços, e a ponho nos meus.

Ela se acalma.

- Ele estava tampando meus ouvidos!

- É, eu sei. - Sorrio.

Tento levar Shivani para o meu quarto e tocar algo para ela, para abafar o som.

Ah, eu não te contei, não é?

Eu canto e toco violão. Aprendi tudo sozinho.

Tudo começou quando ainda conseguíamos pagar passeios, e enquanto eu, mamãe e Shivani, ainda recém-nascida, andávamos num parque florestal.
Assim que passamos do lado do lixo, vejo um belo violão. Ele me encantou. Foi como amor à primeira vista.

Bom, hoje em dia ele está aqui, e é a única coisa não roubada que tenho.

Até que os rangidos param.

Lamar olha para mim, e eu olho para Lamar. Depois nossos olhos colaram na porta de Any.

Não sei se realmente queria o ver sair dali. Seria constrangedor de mais, mas ao mesmo tempo legal.

MY BRUTAL ANGEL. / NOART/ HIATUSWhere stories live. Discover now