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AURORA ALMEIDA


— Eu falei que você ia aceitar. — Charlotte diz assim que eu abro a porta do meu apartamento para ela entrar.

— Boa tarde pra você também, Charlotte. — Respondi irônica. — E para a sua informação, eu só aceitei porque preciso da grana.

Eu morava em um loft não muito grande, mas que ficava bem perto do centro de Londres, o que tornada o preço dele nada justo pelo seu tamanho, mas não tão caro ao ponto de eu precisar vender um rim para paga-lo, e como eu morava sozinha, o tamanho era perfeito para mim.

— Vem, me ajuda a fazer a mala. — Eu ia em direção ao meu guarda roupas. — O que você acha desse? — Mostrei um short jeans para a minha amiga que estava sentada no sofá, mas virada para trás, já que o guarda roupa embutido ficava exatamente atrás do móvel.

— Eu gosto desse, leva, e leva aquele preto também, você vai usar muitas roupas assim.

— Como é o lugar que eu vou com aquele doido? — Perguntei pegando mais algumas roupas e jogando no chão, ao lado da minha mala para arrumar elas dentro, ou pelo menos tentar arrumar, já que sou péssima fazendo malas.

Claro, eu já havia trocado poucas palavras com o Thomas desde que aceitei essa loucura, ele não me parece uma má pessoa, mas nunca se sabe o que acontece por trás de uma tela, nessas poucas palavras ele havia me dado uma espécie de "guia" sobre as roupas que eu ia precisar levar, não que ele estivesse mandando no que eu fosse vestir, era mais um "lá é quente de dia e frio de noite", então seu guia não havia me ajudado em absolutamente nada.

— Eu nunca fui, mas o Haz sempre vai, ele disse que é tipo um acampamento com toda a família Holland e alguns amigos próximos. Eles fazem uns jogos e passam um tempo juntos, acontece uma vez por ano, e por motivos óbvios, sempre no verão.

— Motivos óbvios? — Perguntei já irritada com o fato de ter que dobrar as roupas, então comecei a apenas joga-las la dentro e levantei para pegar mais algumas peças.

— Sim, no acampamento tem piscina, cachoeira, rios... Essas coisas. — Ela explica. — Mas também rolam algumas brincadeiras com água.

— Que ótimo! — Respondi irônica. — Vou ter que ficar de biquíni na frente de vários desconhecidos. — Ele não havia me falado nada sobre roupas de banho, ele espera o que, que eu fique nua?

— Um deles é seu namorado. Ela zomba.

— Namorado de contrato, vamos deixar isso claro! — Ela revirou o olhos e logo mudou de assunto.

— Cadê a Gabi? — Se referiu à minha vizinha e nossa amiga.

— Trabalhando, eu acho. — Dei de ombros. — Ela ainda não veio me ver hoje, deve ter ido trabalhar cedo. — Eu amassava as roupas para conseguir colocar um par de tênis.

— Caberia muito mais roupas se você parasse de jogar elas aí dentro e realmente arrumasse.

— Eu não sei fazer isso, e eu me encontro muito melhor na minha bagunça. — Dei de ombros

...

— Dá meia volta, a gente fala que eu passei mal, sei lá, mas eu não vou fazer isso, é loucura. — Olhei para a minha amiga assim que chegamos em frente a porta da casa de seu irmão e de seu amigo. — Eu tô indo dormir na casa de estranhos Charlotte, como você me deixa fazer essas coisas?

Eu tinha que dormir na casa de Thomas já que teríamos que sair muito cedo no dia seguinte, e eu também não deixaria um estranho saber onde eu moro, ele pode ser um maniaco. 

— Eles não são estranhos Aurie. — Ela ri. —  É meu irmão, o Haz, você já falou com ele, e o amigo dele, Tom.

— Podem não ser estranhos para você, mas são para mim. Eu estou ficando louca, isso não é possível.

— Não pense assim. Vem, vamos entrar. — Ela destrava o porta malas para pegar minha mala e saí do carro. — Qualquer coisa é só você me ligar. — Ela sussurra antes de seu irmão abrir a porta.

— Lottie! — Haz abraça forte a irmã assim que abre a porta. — Aurie! — Ele me abraça também.

Eu e Haz já tínhamos alum tipo de intimidade pelas vezes que saímos juntos com a Charlotte, ele é um cara legal, isso não se pode negar. 

— Vem, entrem. — Ele dá espaço para passarmos — Tom saiu para comprar algumas coisas que vamos levar para o acampamento, mas fiquem a vontade. Querem um suco? Cerveja? Água?

— Eu aceito uma cerveja. — Respondi sorrindo, preciso de um pouco de álcool para passar por isso.

— Eu estou dirigindo, quero o suco.

— E então, como é ser namorada de aluguel de alguém? — Haz perguntou assim que me entregou a garrafa.

— Eu me sinto uma prostituta. — Respondi sorrindo.

— Pare de falar assim! — Charlotte reprendeu. — Não é prostituição.

— Olha, se você pensar direito... — Haz começa a falar mas para assim que sua irmã o encara brava.

— Está vendo? Até o Harrison concorda comigo. Charlotte isso é loucura, vamos embora 

— Eu estava brincando, não acho que seja prostituição, não tem sexo. — Haz dá de ombros e bebe sua cerveja. — Olha pelo lado bom, você está sendo paga para viajar e se divertir.

— E fingir ser namorada de um estranho, mas claro, isso é só um detalhe.

— Falando em estranho, acho que Thomas chegou. — Haz diz quando ouve o portão da garagem abrindo.

— Você vai conhecer seu namorado Aurie. — Charlotte tenta me animar.

— Eu posso me matar agora ou preciso esperar as duas semanas acabarem? 

— Eu espero que você espere até as duas semanas acabarem. — O moreno entrou na sala segurando algumas sacolas de supermercado, todo atrapalhado tentando deixar uma de suas mãos livres. — Sou Thomas, Thomas Holland. — Ele sorri e estende a mão livre para que eu aperte.

— Aurora Almeida. — Eu apertei sua mão mas não devolvi o sorriso.

Minha única pergunta nesse momento é: o cretino ainda é mais bonito pessoalmente do que em fotos e em filmes, por que ele precisa de uma namorada de aluguel, se com um estalar de dedos ele pode ter a mulher que quiser?

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É isso por hoje AKJSKASJAJS espero que estejam gostando, comentem e favoritem o capitulo para deixarem uma jovem feliz e tenham uma ótima semana ❤❤

Rental Girlfriend • Tom HollandOnde histórias criam vida. Descubra agora