Distância e aproximação

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[AUTORA]: HAPPY TAEKOOK DAY!!!

Capítulo 5 » Distância e aproximação


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Taehyung estava confuso, o que era algo e tanto: ele geralmente tinha um raciocínio rápido, entendia as coisas com muita facilidade e tomava decisões com agilidade. Jeongguk geralmente era o lento da dupla, era péssimo para agir sobre pressão e quando ficava ansioso, simplesmente paralisava. Então, foi com grande surpresa que o Kim viu os papéis serem invertidos ao ser beijado pelo melhor amigo.

O beijo de Jeongguk pressionado no centro do seus lábios teve o mesmo efeito que um soco bem aplicado, pois o estudante de música teve a leve impressão de ser nocauteado quando finalmente processou o contato íntimo. A sensação era que ele havia sido empurrado para fora do próprio corpo e estava simplesmente flutuando, presenciando a cena como um mero espectador da própria vida.

Do beijo no qual estava envolvido.

Ainda conseguia escutar as pessoas que há pouco lhe perseguiam muito próximas, mas seus sentidos estavam tão bagunçados que ele não conseguia dizer com precisão se os passos estavam ali ou apenas próximos. Tudo que conseguia sentir com certeza era a pressão da boca de Jeongguk contra a sua começando a formigar. O mais novo suspirou impaciente, quebrando o selinho demorado por segundos suficiente para alcançar os braços moles de Taehyung e posicioná-los nos próprios ombros, apertando as mãos do melhor amigo com força em um gesto silencioso para que ele segurasse ali e, ao se voltar para o Kim novamente, puxou-o pela lapela do sobretudo e Taehyung simplesmente... foi. Tão leve e sem controle que tropeçou nos pés do Jeon.

— D-desculpa — murmurou baixinho e Jeongguk não se deu o trabalho de responder; apenas inclinou a cabeça para a esquerda e largou o amigo, os dedos leves passando do sobretudo para peito, tocando a aranha gravada em alto relevo no uniforme, sentindo o peito subir fora de ritmo antes de continuar a trilhar o caminho para cima, subindo e subindo, parando na gola do pescoço, hesitando entre a pele quente e o uniforme que deveria, a todo custo, esconder das pessoas que o caçavam.

Quando Jeongguk se aproximou mais uma vez, Taehyung acordou. Percebeu que aquela era a maneira que o mais novo encontrou de escondê-lo da entrada do beco, com o próprio corpo. Os adolescentes, por mais que fossem malucos a ponto de seguir o herói como se ele fosse uma verdadeira celebridade, não teriam coragem de interromper um contato entre dois homens para verificar se algum deles por acaso era quem estava procurando: eles certamente varreria o olhar pelo beco superficialmente e, ao ver o momento íntimo, desviaria o olhar e seguiria em frente com a procura.

Foi só após entender todo o contexto daquele beijo que o mais velho finalmente agiu, processando o calor do amigo próximo, íntimo demais e retribuindo com fervor. As mãos apoiadas nos ombros firmes desceram pelas costas de Jeongguk até pararem na altura da cintura, apertando ali em busca de apoio. Jeongguk beijou-o em outro selinho demorado, a boca aberta na de Taehyung e recuando momentos depois. O Kim seguiu-o de perto, perseguindo seus lábios e tomando-os com os próprios lábios. Mal conteve o suspiro quando Jeongguk continuou ali, retribuindo o contato e a língua quente deslizando no seu lábio inferior. O herói repetiu o ato do mais novo e a boca aberta de Jeongguk permitiu que a língua de Taehyung deslizasse para dentro, acariciando e perseguindo a sua. O mais velho suspirou baixinho, subindo a mão esquerda até o pescoço do melhor amigo, imitando a maneira como ele mesmo era segurado, aprofundando o contato e brincando com os fios curtos na nuca de Jeongguk.

Ele NÃO é o heróiOnde histórias criam vida. Descubra agora