[CONCLUÍDA]
Jeon Jeongguk nunca quis ser confundido com um super-herói. Ele só queria receber sua aprovação em todas as matérias do primeiro semestre da faculdade e entrar de férias logo, quando um incidente bobo deu a entender que ele era o Amigo d...
[AUTORA] Ainda tem alguém por aqui? Se tiver, oi, olá! Isso não é uma alucinação, é realmente um capítulo extra, yay <3
Aproveitem o mimo final e boa leitura!!!!
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Capítulo 9 » Entre família
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Contrariando os planos do casal, o almoço entre a família Jeon e a família Kim para a grande revelação do namoro de Jeongguk e Taehyung demorou um mês inteiro para finalmente dar certo.
Acima dos compromissos e choque de horários — os pais de Jeongguk eram bastante ocupados, faziam várias viagens a trabalho nos finais de semana e Maeum, por sua vez, tinha sua parcela de ocupação aos sábados e domingos, geralmente fazendo entregas das lindas peças de crochê que fazia ou simplesmente visitando amigas na cidade —, havia o receio em revelar algo daquela magnitude. A mãe de Jeongguk, Jeon Sohyun, estava acostumada com Taehyung chegando para o almoço sem avisar, roubando comida por cima do seu ombro enquanto ela terminava algum prato diferenciado, chamando-a de tia e perguntando quando ela tinha cortado o cabelo. Já o senhor Jeon, estava acostumado com o Taehyung perguntando sobre o trabalho, perguntando quando é que ele faria um retrato do seu lindo rosto (Taehyung morria de ciúmes porque o pai de Jeongguk havia feito um desenho realista do filho, e não havia feito um de si) ou especulando as mesmas regras dos jogos de beisebol que o homem sempre assistia aos domingos. As coisas não eram tão diferentes com Maeum: Jeongguk estava sempre perambulando pela casa, ajudando-a com uma pilha de louça suja, guardando as compras do mês nos armários altos ou enfiando uma linha na agulha quando estava escuro demais para a mulher enxergar. E não foi uma ou duas vezes que os gêmeos ficaram sob os cuidados de Jeongguk, quando Maeum e Taehyung tinham algum imprevisto no qual seus horários se chocavam.
Então, o que as famílias estavam acostumadas era com a amizade, o grude fraternal entre os meninos que começou quando eram pequenos, numa escolinha de artes marciais e, supostamente, continuava até os dias atuais. Eles eram melhores amigos, unha e cutícula, próximos de uma maneira tão complexa que as famílias não conseguiam explicar, apenas aceitavam com fascínio e carinho nos olhos.
— Você acha que eles vão... Entender? — Foi Jeongguk quem verbalizou primeiro a insegurança que os rondava como uma nuvem escura cercando um vale para formar uma tempestade. Com a cabeça apoiada no ombro de Taehyung, ele não precisou formular a pergunta melhor; estavam sentados nos últimos assentos de um ônibus praticamente vazio, e a hesitação na sua voz era o suficiente para Taehyung entender o que ele estava perguntando.
Taehyung sempre entendia o que Jeongguk estava perguntando.
O herói apoiou uma das mãos na perna do namorado, brincando com o rasgo da calça jeans, pensativo. Não podia dar certeza que os familiares entenderiam ou aceitariam, porque aquela também era uma dúvida que estava pesando nos seus pensamentos desde a primeira vez que falaram sobre assumirem o relacionamento para os pais. Mas também não queria passar a própria insegurança para Jeongguk, e foi pensando nisso que respondeu:
