Rio de Fevereiro

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Quem dera essas palavras transparecessem
carregassem a glória
o medo
cada tempestade e encanto
que correm por essas águas de fevereiro

Ao invés rasgam ao contrário
toda angústia e escárnio
dos meus tecidos
meus metais
as quimeras ancestrais
me devoram por inteiro

Então as palavras reviram e desgastam
desesperadas para agradar
eu vomito versos sem saber rimar.

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