Café

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Você sabe onde deixo as chaves
abra a porta
as janelas
deixe que o tempo entre como vento
levando palavras de aviso
de encontro as paredes

Deixe entrar com você
pedaços ocultos de horizontes
o casaco desgastado pela noite
e o que conseguir segurar entre os dedos

Sirvo a mesa com cuidado
cautela costumeira e cansativa
Te sirvo como os outros
como os próximos
e a ansiedade se estende sobre os pratos

Desta vez ao sair satisfeita
decida por mim
se a porta será mantida aberta
fechada
ou se eu também devo me retirar.

Deus do Verão Preguiçoso Onde histórias criam vida. Descubra agora