"O céu começou a escurecer.
O portão Sul estava aberto, o palco estava vazio, sem nenhum sinal de vida. O escuro tomou conta, as folhas das árvores começaram a chacoalhar com violência, não havia uma tocha acesa.
O vento uivou quando a lua começou a...
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— Pólvora? — O loiro repetiu as palavras do Mesno. — O que isso significa?
Simon estava prestes a dizer algo, mas desistiu ao perceber que Valerie poderia poupá-lo de explicar.
— Durante minha travessia pelo continente eu vi muitas coisas, uma delas foi uma invenção peculiar, era como um canhão, só que atirava pequenos projéteis de chumbo e... Eu não sei, pra funcionar eles usavam pólvora, quando atiravam fazia um barulho muito alto – explicou. – É inegável que as marcas que eu vi são idênticas à essa.
— Um momento, Se uma arma assim pode fazer um estrago desses; – James apontou para o corpo. – Se ladrões tem posse de uma coisa dessas...!
— Ei, não temos prova de que foram ladrões, ainda — Simon interviu. — Sabe, as milícias não tem a índole mais limpa, eles poderiam estar envolvidos.
O médico cruzou os braços, seus pés batiam inquietos no chão. — Eu não vejo porquê as autoridades estariam envolvidas em algo assim, esse tipo de coisa é feita no submundo, longe dos olhos de todos, com pouco acesso e... — Ele fazia gestos com a mão enquanto tentava amarrar as pontas do caso. — ... E, Pensando bem...
Ele parou, e então semicerrou os olhos, lentamente focando-se no Mesno.
— Valerie, como você sabe da existência dessas coisas e nós não? E por que não disse nada antes?
— Isso foi quando eu ainda estava no Oeste! tinha um mercado negro lá e eu vi pessoas testarem a arma — O jovem se apressou a responder de modo defensivo.
— Mas o que diabos você estava fazendo num mercado negro?!
— ...Eu era a mercadoria.
Um silêncio desconfortável tomou conta do ambiente. E a expressão antes desconfiada do médico, deu espaço à um par de olhos chocados.
— Eu... Sinto muito. Não fazia ideia.
— Não tem problema — Valerie lhe assegurou curto e sem emoção. Dava para se notar um resquício de amargura em sua face.
Os dois acabaram ficando envolvidos nesse momento melancólico e de constrangimento durante alguns segundos. Pelo menos até Simon cortar o clima.
— Olha isso tá sendo bem divertido e tal, mas estamos no meio de uma a cena de crime, e ainda tem um assassino com uma arma desconhecida e extremamente perigosa a solta. Então talvez, apenas talvez, não seja a melhor hora para vocês dois terem um momento de tristeza coletiva.
— Sim, tem razão — James fitou o cadáver por cima do queixo uma última vez — Precisamos falar disso para Allister, e rápido.
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