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Miranda

Eu passei o dia todo pensando naquela menina abusada e instigante e eu sabia que ela era minha, a minha loba gritava dentro de mim.
Desci pelo elevador e peguei o carro e fui para a alcatéia, naquela noite eu precisava caçar, precisava liberar a loba que estava uivando dentro de mim.
Cheguei a alcatéia e liberaram a minha entrada, cheguei a grande casa que parecia mais um palácio, meu pai já me esperava na sala para me passar alguns comandos.
- Boa noite Senhor Mirrael Prestly.
- Boa noite filha, porque está radiante assim!?
- Acho que encontrei a minha companheira.
- Companheira!? Perguntou meu pai assustado.
- Não me pergunte Pai, eu sei que os padrões seriam um companheiro, mas minha loba a escolheu, fomos feitas uma para outra, ela tem uma força comparada a minha, mas parece que ainda não se transformou.
- Ela deve ser bem nova então Miranda, você terá que marca-la e assim transforma-la e pelo jeito será bem difícil em...
- É pai, acho que sim, bem arisca a minha futura companheira.
- Vá devagar Miranda, você sabe como uma nova transformada pode se tornar violenta se não puder domina-la.
- Sei bem pai, mas ainda há tempo até a próxima Lua cheia, que a deusa Lua me guie, serão três semanas de preparação.
- Minha filha você é a Alfa, saberá o momento certo.


Depois de conversamos sobre os novos transformados e alguns ataques que outras alcatéias estão sofrendo, marcamos o dia da reunião com os outros alfas e subo para o quarto.

Deito em minha cama e ligo para Emilly, que era a minha primeira assistente.

- - Miranda? _PArece que Emilly queria fazer meu dia pior a cada vez que eu ligava pra ela.
- Não a Rainha da Inglaterra.

- Emilly, preciso do telefone e endereço da nova assistente em meu celular agora. Isso é tudo.

Nem esperei ela dizer mais nada, deliguei, entrei no banheiro e tomei um banho demorado, acabo me enxugo, pego minha toalha negra, aliás o meu quarto era todo preto, com uma parede azul celeste com um quadro de minha loba no meio e todo o restante em tons escuros.
Olho no espelho e vejo que algo mudou em mim.
Me visto com uma roupa confortável e me deito novamente para ver se havia resposta e como sempre eu sabia que Emilly não iria falhar.
Ela morava bem perto e não pensei duas vezes, abri as janelas enormes do meu quarto e corri e me transformei, a minha loba era linda, alva como a neve e quase quatro metros, olhos mais azuis que os meus e foi aí que eu descobri quando já estava correndo, que eu não precisava do endereço, a minha loba me guiva através do Faro e não demorei3 muito a chegar, já que eu era mais rápida de todos os lobos da minha alcatéia, chegando perto de sua casa, parecia que eu não me preocupava com nada, apenas subi ao segundo andar de um pequeno prédio, e senti seu cheiro, saltei dentro de uma varanda ampla, as janelas estavam abertas mesmo fazendo muito frio, e a vó lá dentro através das cortinas, ela estava enrolada em uma toalhas de repente ela se virou e olhou dentro dos meus olhos.

Andrea

Cheguei em casa a tarde depois de fazer umas compras, afinal eu queria ir matando para o meu novo trabalho, pode parecer meio burguês isso, coisa que eu nunca fui, afinal, fui criada por minha tia e tudo muito contado.

Deite e acabei dormindo um pouco, quando eu percebi já era noite, me levantei e só me lembrava dos olhos daquela mulher, ela não saia da minha mente. Tomei  banho e me enrolei na toalha, estava pensando em frente ao espelho, quando senti uma presença muito forte.

E como algo me puxasse, eu virei e olhei para janela e vi um loba branca de olhos azuis e era linda, grande e eu não estava nem um pouco assustada.
Fui andando sem medo algum até a janela do quarto e ela não se moveu, apenas me olhava e me encarava cada vez mais.
Estendi minha mão para toca-la, foi quando ela se esquivou e ao mesmo tempo voltou a me encarar, eu não me afastei, quis toca-la e assim fiz, e ela como um animal dócil, esfregou o focinho em minha mão, quando nos tocamos senti algo correndo pelo meu corpo e meus olhos se fecharam e quando abri os de novo ela não estava mais lá.
E ali eu não sabia se eu era doida, ou algo assim, isso não seria feito da minha imaginação, algo brilhou em minhas mãos.

De repente ouvi batidas na porta.

- Andrea...você está aí!?

- Sim tia Júlia, pode entrar.

-Andrea, o que houve com suas mãos, quem a tocou????

- Não sei, não sei explicar tia.

- Acho que temos que conversar minha filha.

Ela sempre me chamaram assim, ela me criou desde que meus pais morreram em um acidente, ela era irmã da minha mãe, as duas se pareciam muito, e eu era parecida com elas, minha tia era uma mulher linda, cabelos castanhos no meio das costas, magra e alta, quase da minha altura, e olhos iguais aos meus, grandes e castanhos, sempre fora sozinha e depois que cheguei, era ela por mim e eu por ela.

- Tia, o que você está me escondendo?


Bom, espero que estejam gostando.
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A minha AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora