A Novata » Myg [Hiatus]

2. conhecendo pessoas

Ela tinha mais ou menos a minha altura, cabelos castanhos claro que óbvio não era natural já que dava pra notar pelo menos dois dedos de raiz escura em seu cabelo, uma franja que tentava disfarçar a testa grande, e um óculos redondo de amarração marrom. Seu uniforme estava impecável, sem nem um amassadinho sequer, meia calça escura que cobria suas cochas e um sapatilha de velha, ela também segurava um pequeno livreto em sua mão. Era notório uma expressão irritada e azeda, sombrancelhas arquivadas e testa franzida.

— Está atrasada.  — seu olhos castanhos me crucificavam. — dois dias.

— Desculpe nos conhecemos? — indaguei confusa, a olhando com deboche, cruzei meus braços enquanto a olhava de cima a baixo.

— me chamo Kang Misook. — ela disfaz um pouco de sua cara azeda e respira fundo. estendendo sua mão para mim, que a olho e ignoro, e então me surpreendendo aquela chata agarra minha mão forçando um aperto. Eu indignada a puxo de volta. 

— Quem você pensa que é em? Eu tinha algum compromisso marcado com você por acaso?

— Eu sou a monitora, e sim nos tínhamos sim. Eu tenho que apresentar os cômodos e os valores da escola.  E você faltou, nos últimos dois dias. 

Acariciei minha mão, e me lembrei vagamente sobre o diretor ter sido que alguém me apresentaria a escola, mas precisava ser essa insuportável? Que filho da puta. 

— Ah sim. Eu não preciso não tá? Valeu. — me viro pra sair e ela me puxa pelo braço.

— Acha que estou fazendo por que eu quero? É eu estou sendo obrigada e você também.

— solte meu braço! Vocês dessa escola adoram tocar nos outros sem a permissão né? — me solto dela. 

— Escuta sua mimada, quanto antes eu te apresentar essa droga de lugar, mais rápido nós duas nos livramos uma da outra. Então facilita minha vida e eu facilito a sua. 

— Tá.  — por mais que eu não quisesse ir a lugar nenhum com aquela bruxa, ela ainda tinha razão. Revirei os olhos e ela me olhou convencida. 

— Venha comigo. — ela começou a andar. 

Eu a segui por todo o colégio, aquele lugar era enorme, parecia não ter fim. E em todo corredor aquela desgraçada não parava de falar, me explicando sobre cada bendita sala. Na verdade mesmo o único lugar que eu interessei foi os jardins, era vazio, sereno e aparentemente poucas pessoas iam pra lá. Eu só estava esperando uma oportunidade para da um perdido nessa imbecil e fugir para lá.  De repente o diabo toca. 

— Vamos ter que encerrar a nossa tour por aqui. — ela diz olhando seu relógio de ponteiro —  já está no horário da aula. 

— Nossa que pena eu estava gostando tanto do passeio. — digo em tom de ironia e bocejo.

A garota revira os olhos. E eu começo andar em direção contrária a ela. 

— onde está indo? — ela pergunta.

— Ao banheiro...?

— Ele é mais lá na frente.

— Ah Sim — passo a mão pela nuca.. — valeu... — Finjo que estou andando em direção ao banheiro. Ela me seguiu e eu entrei, a vagabunda veio atrás de mim. — Vai me seguir até o banheiro.

— Só pra vê se você ia acertar o lugar.  — Ela me diz como desconfiança.

— Tá agora que já viu pode ir.  — Faço sinal para que vá embora, ela me lança seu último olhar e sai do banheiro.

Fiquei alguns minutos lá dentro, tentando  disfarçar e alguns minutos depois eu saio e me deparo com aquela assombração me esperando, nem preciso dizer que tomei um susto.

— sua psicopata, se apaixonou por mim foi?

— Sabe qual é a sua sala agora no primeiro horário.

— Sei sim... — Menti. — Sala 26.

— 23. Acha que sou burra? Vamos me acompanhe até a sala.  — reviro os olhos e a acompanho.

Minha missão de ludibriar aquela cobra falhou.

— nesse livreto está seu cronograma com os horários e o mapa da escola indicando suas salas. — ela me entrega e entra na sala primeiro.

Eu fiz o mesmo logo em seguida. 

Nós estamos e toda a atenção é voltada para a gente. garotos e garotas cochichando com seus grupinhos. 

— Misook? Logo você chegando atrasada? Quero uma boa explicação  pra isso.

— Desculpe senhor Kim Seokjin, eu estava apresentando a escola a nova aluna.  Apresente-se ao professora.  — Ela me olha com olhar carrancudo. 

— Sou, Jeong S/n senhor. — Digo simpática, forçando um sorriso gentil.

Se eu sou estrangeira como tenho um sobrenome coreano? É o que vocês devem estar se perguntando, bom herdei esse nome de um homem que minha mãe se casou quando eu ainda era um bebê, minha mãe fez a cabeça dele para se registrasse como meu pai e ele burro, apaixonado e muito velho o fez.  Odeio o fato de carregar um sobrenome de um homem que eu nem sequer conheci.

Ele sorri  para mim de volta. 

— Muito bem senhoritas, S/n e Misook, procurem algum lugar e se acomodem. 

Nós fazemos uma reverência e nos sentamos em lugares não tão distantes uma da outra.  Os lugares eram em duplas. Eu tinha me sentado ao lado de uma garota, ela parecia entretida no celular e nem notar minha presença. 

Ela tem cabelos curtos e bem pretos, um rosto oval, lábios carnudos e traços delicados, usa fone bem grandão Rosa. Uma típica padrão coreana. 

Eu retiro meu caderno na mochila, e ela enfim me nota.

— Ah, quem é você? Me chamo Park Sun hee. 

— Me chamo Jeong S/n.

— É novata não é? Quer ser minha amiga, se quiser posso apresentar a escola! — ela sorri extremamente simpática. 

— Eu sou nova, mas já me apresentaram a escola. — ignoro o pedido de amizade.  Tá eu posso tá sendo babaca, mas sei lá, já fiz tantas amizades esse ano e nenhuma foi pra frente, depois de um tempo eu apenas broxei. 

— Ah, tá. E sobre nós sermos amigas. 

— podemos ver. — Digo um pouco sem graça. 

Sinto vários olhares queimando sobre mim. Ainda é desconfortável apesar de que eu já estou acostumada. A sala estava cheia de burburinhos, todos conversando nem parecia que estávamos em uma aula. Eu olho para o professor que parecia mais ocupado se admirando pelo reflexo do óculos da aluna que estava o paparicando. Havia várias garotas a sua volta, todas babando por ele.

— Que nojento.

— Elas acham que tem alguma chance com o professor. — Sun hee revira os olhos. 

Tinha uma lista de exercícios enorme  no quadro, eram questões simples. Coloquei meus fones e peguei uma caneta para responder. 

[...]

— professor! — Praticamente o grito para que me minha voz seja ouvida por ele. 

— Sim senhorita Jeong?— a sala fica em silêncio de repente me deixando coonstragida.

— Quem terminou pode ir entregar?

— A senhorita já terminou? — ele franze a sombrancelha e arregala os olhos. 

— sim. — Todos na sala ficam surpresos inclusive o professor e aquela monitora babaca. — eu copio rápido.

— Então se é assim pode me entregar.  — Mais uma vez eu era o assunto do burburinho da sala. Aquele garoto babaca voltou a me olhar dessa vez com um sorriso malicioso.

Eu ignorei, e levei meu caderno até a mesa do professor. 

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Segundo capítulo reescrito com a fé de Deus🙌