A única certeza que temos é da morte, sendo nossa ou das pessoas em volta. Era a única certeza que Daryl Dixon tinha, sem motivação para continuar sua vida após a perda de seu melhor amigo. Disposto a passar o resto da sua vida na repleta solidão is...
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Lexie Miller ~ Três anos atrás...
Fui para casa a passos apressados, eufórica, em chegar logo antes que escuressesse. Por sorte, meu cachorro não estava machucado, então não precisei levá-lo no colo.
Eu estava atordoada, mas não assustada, com tudo que aconteceu a menos de duas horas. Acho que eu não conseguiria descrever como me sentia, caso alguém perguntasse.
Então, graças ao meu esforço em caminhar rápido e a atenção ao som do riacho, consegui chegar em casa sem confusões. O sol ja havia ido embora, mas o céu continuava claro, ventava levemente e o único som, além dos meus sapatos sobre o piso amadeirado, era do vento que batia suavemente pela janela da sala.
- Não vão entrar? - Perguntei calmamente, olhando para os cachorros, que se sentaram em frente à porta e ficaram me encarando. - É tanto a casa de vocês quanto a minha. - Sorri, me agachando em frente à eles.
Percebi que eles não olhavam para mim, mas sim em direção a escada para o andar de cima. Suas orelhas estavam levantadas, prestavam atenção em algum possível barulho do qual eu não ouvia nada.
Me levantei, olhando para fora de casa, de um lado para. Procurando algo que eu rezava em não encontrar, mas a mata estava tranquila e na estrada não havia nenhuma alma viva.
- Vem. - Dei leves tapinha na minha coxa, chamando meus cachorros para dentro. - Não vou subir aquelas escadas sem vocês. - Fechei a porta, que ao bater nos traseiros deles, os fizeram entrar.
Tirei minhas botas silenciosamente, destravado minha arma e caminhando a passos lentos até o primeiro degrau da escada.
Meus cachorros estavam logo atrás de mim, me olhando como quem dissesse "Humana, fique a vontade para ir na frente"
Subi cada degrau torcendo para que nada rangisse sob meus pés.
Ao chegar no segundo andar percebi que a porta do quarto, no qual eu tinha fechado antes de sair, estava entre aberta. O que fez meu coração gelar por completo. Respirei fundo antes de abri-la, dando um leve empurrão com o pé e apontando a arma para a primeira coisa fora do comum. Ou seja, em direção a minha cama, onde uma pessoa na qual eu menos imaginava, me esperava deitado.
- Você não sabe ser nada sutil, mas admito que essa entrada foi intimidadora. - Blake falou, com as mãos atrás da cabeça e as pernas cruzadas, sorrindo de orelha a orelha.
Eu não sabia o que dizer, não conseguia encontrar as palavras certas, meu coração batia violentamente com o medo de ser outro mascarado, que de fato era...
- Meu Deus... O que fizeram com você? - Blake pergunto, percebendo o estado catatonico no qual eu me encontrava. Se levantou rapidamente, caminhando até mim.
Abaixei a arma quando ele se aproximou, ele à pegou, travou novamente e a colocou sobre a cama. Voltando sua atenção em mim em seguida. Suas mãos tocaram levemente meu rosto, e então ele me puxou para um abraço reconfortante, no qual eu estremeci.
