10

150 10 15
                                    

Ele corria; olhando para o caminho que percorria com atenção

Seu pai estaria doente, sem poder realizar seu trabalho. E como um filho prestativo que era; ele decidiu tomar seu lugar até que a saúde do português voltasse ao comum.

Ele pararia por alguns instantes, andando lentamente sobre a terra e a grama úmida.

Ele suspira a brisa da manhã e esfrega os olhos; encarando o endereço da carta por certo instante. Logo olha para a casa em um certo tom alabastrino misturado com uma espécie de anil

Ele bate na porta; cansado por um segundo sobre ter de ir a mesma casa dois dias seguidos, porém não poderia simplesmente jogar a encomenda do espanhol pelo rio.


..ou poderia?


A porta marrom, acionada, aberta. ele nem estaria prestando atenção naquele momento.

O ritmo agonizante das entregas pareciam ser iguais. Constante. E imaginou por milésimos como o pai deveria viver daquilo. Sua cabeça estaria longe, quando finalmente nota a porta aberta. Ele olha para o garoto ligeiramente menor que ele, erguendo uma das sobrancelhas

-....você não é o senhor Espanha.

ele solta a frase; analisando o garoto na sua frente de face parcialmente avermelhada, o que em sua caneça não fazia sentido algum

"O que tem nessa encomenda para tanto incômodo e timidez, afinal?"

Ele se mantém em silêncio, olhando por alguns minutos para o menino; reconhecendo-o?

- ..você..é o c-carteiro né?..

O garoto que atendeu a porta diz; quebrando o silêncio enquanto sua face estaria extremamente avermelhada

- sim.

Ele responde, de uma maneira não intencionalmente fria; enquanto analisava-o

- onde esta o senhor Espanha?

- papa esta- uh- no jardim.

O provavelmente filho do espanhol responde, visivelmente nervoso.

- ah. Se é assim, virei em um horário menos incômodo.

O pequeno carteiro coloca os pequenos dedos sobre a extremidade do papel que segurava em mãos; rasgando-o onde o espanhol deveria assinar. Delicadamente, forma uma perfeita linha entre o papel que agora estaria multiplicado; coloca a parte da assinatura sobre a pequena caixa; virando-se para sair

- n-no!

O filho do espanhol grita; erguendo a mão para frente. O pequeno carteiro se vira novamente para o menino; encarando-o com uma face confusa; fazendo o garoto que atendeu a porta erguer os ombros nervoso, parecia que tremia, e logo encara o chão; formando uma frase- uma melodia envergonhada:

- ..quando poderei te ver novamente?

O pequeno carteiro ergue as sobrancelhas; desajeitado; com o sentimento de embaraço na flor da pele. Era ele que estaria com a face avermelhada agora.

- q-q-quiero- ahem- quero dizer- s-se voce quiser é claro!

O filho do espanhol diz; sorrindo em uma expressão nervosa

-...eu...vou a missa todos os sábados...

O pequeno carteiro diz; sem saber em outra resposta. O filho do espanhol sorri; em uma ação envergonhada

- então.. te vejo lá?..

-ah. Claro.

O pequeno carteiro diz; virando o corpo para o caminho que deveria prossegui, porém a cabeça virada para o novo amigo que teria feito da maneira mais inesperada que o mesmo poderia imaginar. Ele da um leve sorriso sincero; saindo andando













- nossa Argentina, que recepção mais calorosa, huh?

A boliviana diz; provocando o irmão mais velho; enquanto o chileno começa a rir alto juntamente com uruguai

- missa?? Você nem vai a missa!

O uruguaio diz; fazendo todos rirem ainda mais; menos o argentino, que continuaria com sua face corada enquanto fechava a porta impaciente

- eu tenho 9 anos caramba

O argentino diz; fechando a porta por completo e segurando a encomenda em mãos; ignorando os irmãos

- e quando vai ser a lua de mel?

- eca! Espero não estar lá pra ver os dois se beijando

Todos; sem mencionar o Argentino; riram alto

[Pobrezinhos, nem sabem o que acontece em uma lua de mel de verdade.]

O argentino facilmente fica irritado; encarando os irmãos com um olhar quase macabro

- papa nos avisou sobre o pai dele. Ele é barra pesada, um monstro!

-e você se apaixonou pelo filho do monstro? Só falta o seu broto virar um monstro e com o poder do amor, o feitiço é quebrado!

O chileno diz, fazendo todos os irmãos rirem alto do tal clichê. O argentino faz um "não" com a cabeça enquanto ria; honestamente com uma grande vontade de enforcar cada irmão um por um.

- e o que o pai dele fez pra ser um monstro afinal?

A boliviana disse; com o aspecto curioso e infantil

- mama é dramática; ele só deve ter matado uma mosca.

- ..ou talvez seria só raiva de ele ter trocado mama pela religiosidade, cabeção???

O uruguaio diz; rebatendo a resposta do chileno enquanto revirava os olhos

- homofóbia?

- se diz "homofobia"; e sim, provavelmente.

O argentino responde o pequeno paraguaio que descia as escadas enquanto olhava o grupo de irmãos conversando sobre algo altamente aleatório. [e diferenciado—ok vou parar de quebrar a quarta parede.]

- isso ainda existe?

- se não existisse, seria que nem uma doença curada!

- mas sem doenças não teríamos médicos—

- nem motivo pra faltar a escola...

O paraguaio interrompe o pensamento filosófico do argentino e da boliviana, fazendo todos os irmãos rirem alto, encerrando a conversa, enquanto o argentino dava um leve sorriso, observando a porta por uma última vez no dia

fim do capítulo dez~•°

Demorei neh? KKKSNXJSNXJ

EH q eu queria fazer um desenho pra esse ep soq eu fiquei com preguiça 😳👌

Um garoto chamado Vera CruzOnde histórias criam vida. Descubra agora