🔱 Capítulo 8

519 106 36
                                    

Capítulo 8

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Capítulo 8

Arthur sentiu um perfume diferente pela manhã, mas algo em sua mente ignorava esse fato e permaneceu dormindo, afinal era um perfume muito bom, que mal teria permanecer sentindo esse cheiro? Mas quando abriu os seus olhos se deu conta de como estava equivocado.

Ele analisou por alguns minutos onde estava e quando percebeu que tinha dormido no colo de Sarah, se levantou rapidamente, mas sem acordá-la. Ele tinha bebido muito ontem, é somente o que lembrava, o que não ajudava muito, afinal, precisava saber como lidar com a situação assim que ela acordasse.

Isso não deveria ter acontecido.

Ele fazia questão de repetir inúmeras vezes para que quem sabe assim, pudesse evitar que isso viesse a acontecer de novo.

Arthur fazia de tudo para manter as pessoas longe. Era um mecanismo automático de defesa e não estava disposto a abrir mão disso. Por isso saiu do quarto decidido a fazer Sarah esquecer o que tinha acontecido.

Como que automaticamente, após a saída de Arthur, Sarah aos poucos ia despertando e se lembrava com detalhes do que tinha acontecido na noite anterior. Seu coração começou a bater fortemente e uma vergonha tomou seu ser.

- Eu não devia ter deixado isso acontecer.- disse em voz alta, como se estivesse se repreendendo.

A relação de Sarah com o chefe não era fácil e tudo que ela menos queria agora era ter problemas com ele pelo que tinha acontecido.

Resolveu que não iria dar espaço a esses pensamentos e seguiu para o banho. Saiu do mesmo devidamente arrumada e pronta para enfrentar o chefe.

Isso era o que ela pensava.

Pois assim que o viu, toda a força que tinha caiu por terra. Por mais que mantivesse uma postura firme em alguns momentos, ficava insegura perto do chefe e algo nele chamava a atenção de Sarah, mesmo que ela negasse constantemente.

- Bom dia senhor.-Sarah disse tentando parecer neutra.

- Sente- se Sarah.- ela obedeceu prontamente- Quero esquecer o que houve ontem, eu estava bêbado e não me lembro de nada, devo ter exagerado e por isso parei em seu quarto. Então como isso não se repetirá, peço que esqueça o que houve.

Sarah observou o chefe e pensou em dizer algo, mas sabia que ele poderia ser rude, então como queria evitar problemas, disse apenas:

- Sim senhor.- disse com um semblante sério, como o chefe sempre fazia.

Arthur notou em seu tom de voz e também em sua expressão que Sarah parecia diferente, como se quisesse ter tido uma postura diferente da que acabará de ter, mas não insistiu. Ele precisava ser firme, ainda mais com alguém que havia se aproximado dele tão intimamente assim.

Às nove horas, os dois se seguiram para a reunião final, onde seria definido se o negócio iria ser acertado. Algumas horas se seguiram até que enfim obtiveram uma resposta positiva. No mesmo instante Arthur olhou para Sarah e a própria já o olhava, demonstrando toda a gratidão pelo que tinha acabado de acontecer, ele sorriu para ela, um sorriso tão lindo que era capaz de derreter o coração de Sarah, por sua vez ele aproveitava o momento.

Quando chegaram no hotel Sarah estava indo para seu quarto com a intenção de descansar, afinal o dia tinha sido cansativo, precisava de um bom banho e da cama confortável do hotel. Mas seus planos foram interrompidos por Arthur, que segurou seus braços e a encarou com uma expressão calma e serena.

Algo que não era tão comum.

-Eu não sou de comentar, mas se hoje conseguimos finalizar as negociações foi graças a você também Sarah, meus parabéns.

Sarah teve que fazer um grande esforço para disfarçar a expressão de surpresa diante do que o chefe tinha acabado de dizer.

Por isso ela não esperava.

- Obrigada!

- Ótimo.- Arthur disse voltando a ficar sério.- Partimos cedo amanhã, sem atrasos.- ele disse e seguiu em direção ao seu quarto.

- Sim senhor- ela disse mesmo que o chefe não pode ouvir.

Sarah seguiu para o quarto na intenção de fazer tudo aquilo que planejava antes de entrar nele, mas não deixava de pensar na atitude inesperada do chefe.

Deus realmente fazia milagres.

Enquanto isso, no outro quarto, Arthur se preparava para dormir após tomar um banho, mas em sua mente, se lembrava mesmo que sem querer de como estava se surpreendendo com Sarah.

O sol iluminava o quarto de Sarah quando ela acordou às seis horas, arrumou sua mala cuidadosamente, e após um merecido banho, ela decidiu descer para tomar seu café.

Antes disso ela decidiu analisar a roupa que escolheu, ela havia escolhido um vestido midi preto e nos pés um tênis completava o look. Desceu no horário combinado com o chefe, mas para sua surpresa ele só chegou minutos depois.

- Bom dia- ele disse a ela.

- Bom dia.

- Já tomou seu café?- ele perguntou olhando diretamente para ela.

- Sim senhor.

- Muito bem, acho que já podemos ir então.

- O senhor não vai tomar seu café da manhã?

- Não.

Sarah achou melhor não questionar, não sabia se o humor do chefe poderia ficar pior já que ele possivelmente estava com fome, então apenas o seguiu.

Como tudo estava pago, os dois apenas entraram no carro e seguiram rumo ao aeroporto. Sarah decidiu aproveitar e observar a paisagem pela última vez, afinal, não tinha certeza se teria a chance de fazer outra viagem como essa.

- Tem que sorrir enquanto observa a cidade?- Arthur não conseguiu conter a pergunta que estava na ponta da língua.

- Sim senhor.- ela disse e continuou sorrindo e observando a paisagem como se ele nada tivesse dito.

Assim que chegaram no aeroporto o sorriso de Sarah sumiu, pois se lembrou do seu medo de avião, mas tentou manter a calma. O que estava dando certo, já que Arthur nem tinha reparado no nervosismo dela.

O mesmo não aconteceu assim que sentaram no avião e Arthur notou Sarah travada.

- O que você tem?

- Nada- ela tentou se recompor e sorrir mostrando uma calma que ela estava longe de ter.

- Você está tensa, diz o que você tem Sarah.

- Não precisa se preocupar, estou bem

- Eu não me preocupo, só que te ver assim me irrita. Então me diga, o que houve.

Ignorando a parte de que o chefe tinha sido grosseiro com Sarah, ela disse a ele o que estava a deixando nervosa.

- Eu ainda tenho medo de avião, então a menos que tenho um remédio ou me deixe segurar a sua mão, eu ficarei nervosa a viagem toda.

Arthur se lembrou que não tinha nenhum remédio e algo nele queria evitar que Sarah ficasse nervosa, por isso fez o que estava tentando evitar a todo custo.

- Pode segurar minha mão, mas assim que o avião pousar, quero que a solte.

Sarah apenas concordou e mais que rapidamente, segurou a mão do chefe.

É só por pouco tempo Arthur

É só ignorar o fato de que ela estava segurando sua mão que vai ficar tudo bem.

Era o que ele dizia a si mesmo durante toda a viagem para tentar ignorar o que sentia com um simples gesto.

O homem perfeito Onde histórias criam vida. Descubra agora