🔱 Capítulo 26

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3 meses depois

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25 de Setembro de 2000

Elias correu timidamente de encontro a Arthur, em suas mãos trazia uma porção de pedras. Ajoelhou frente a ele e lhe mostrou sua nova descoberta, Arthur olhou cuidadosamente aquelas pedras de cor transparentes maleando- as para uma melhor análise. Depois de alguns segundos Arthur soltou um lindo sorriso e disse ao novo filho:

- Parece que temos um tesouro. Guarde- o e colecione para se lembrar do quanto são maravilhosas as criações de Deus.
Até hoje Elias é um grande colecionador de pedras preciosas, agumas nem tanto.
Depois Elias veio em minha direção para me mostrar aquela relíquia. Olhando assim, nem poderiam imaginar que ao decorrer desses três meses o frágil menino estava em um orfanato. Foram meses de angústia e muita oração. Jesus mais uma vez provou nossa fé. Enquanto ele estava lá eu e Arthur oravamos de cá, assim se seguiram os dias. No dia da audiência meu coração pulsava mais que o normal, mas minha fé não foi deixada, até o último momento eu clamei. Meu clamor chegou até Deus como um perfume suave e finalme aquilo que tanto esperávamos foi dito em simples palavras:
A guarda do menor: Elias Malta da Silva foi dado ao Senhor e Senhora Galvão.
Meu coração vibrou de tanta emoção, mas o rostinho de Elias nos encarando com os olhos marejados e a expressão de alívio e felicidade foi a gota d'água. Corremos até ele e o abraçamos quase até quebrar seus ossinhos. Era tanta felicidade que mau cabia no peito, Deus mais uma vez nos honrou. Ao sai dali fomos para igreja agradecer a Deus. Nossa felicidade só estaria completa lá.

Os dias depois daquele foram recheados de aprendizagens e alegria. Às vezes viamos Elias cabisbaixo, sabíamos bem o que era, afinal ele perdeu o pai precocemente. Era compreensível, mas o dávamos todo apoio preciso para lidar com aquilo. Enchendo de carinho e amor aquela perda passaria a ser menos dolorosa. Estávamos aprendendo com a força daquele menino aparentemente frágil. Elias se esforçava o máximo para ser um bom discípulo de cristo, mesmo tendo somente 13 anos. " As adversidades da vida são inevitáveis, mas tornam-se sustentáveis quando se tem a ajuda de Deus" ele sempre nos dizia. E aquilo torno se um legado para nós, nos tornamos uma família temente a Deus. Elias não era nosso filho de sangue, mas tomou um lugar mais que especial em nossos corações. Oravamos juntos todas a noites e sempre ao final falávamos firmimente: Eu e minha casa serviremos ao senhor ( Josué 24:15) e depois nos abraçavamos. Essa era a melhor hora do dia, estar com aqueles que amamos é imprescindível.

Era mais uma noite de família reunida. A única diferença era a presença da minha tia Clara. Ela tornou- se a fiel aliada de Elias, por tanto era uma alegria para ele quando ela vinha. O dia transcorreu levemente com muitas brincadeiras, risadas, comida e o essencial: A União. Parecia que a noite chegara mais cedo naquele dia, mas na verdade éramos nós que não vimos o tempo passar. Na despedida de Tia Clara Elias a deu um longo abraço deixando- a lisonjeada. Tia Clara tinha uma simpátia por pessoas carinhosas. Depois fomos fazer nossas rotinas noturnas: tomar banho, jantar, dialogar e finalmente a parte mais esperada: orar. Demos as mãos e começamos nossa oração agradecendo a Deus pela família feliz que ele nos deu. Por uma hora conversamos com Deus e logo após fomos dormir. Eu e Arthur demos um longo beijo em Elias, e o nosso novo filho nos retribuiu com um lindo sorriso. E naquele momento ele não precisava nos dizer nada, pois seu rosto nos revelava sua imensa felicidade.


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